Lan houses viram porta de entrada para mundo virtual

Carla Serqueira Repórter Elas estão por toda parte. Bebedouro, Benedito Bentes, Chã da Jaqueira, Vergel, Jacintinho, Bom Parto, Salvador Lyra, Barro Duro, Cruz das Almas... As lan houses se espalharam que nem febre na periferia. O universo virtual, antes exclusivo para quem podia comprar um computador e instalar internet em casa, agora abriu as portas também para os mais pobres, na cidade inteira. Com preço praticamente tabelado em um real a hora, os mais jovens formam o público mais freqüente. Sem desgrudar os olhos da tela, o descendente indígena Adaury Tatajuba, 23, disse que economiza nas idas à lan house. ### Casas se popularizam e são lucro certo Para chamar atenção e oferecer conforto aos disputados usuários ? já que as lan houses são tão populares como mercadinhos de bairros ?, Marcelo Rocky, 24, e Lucivânia Alves, 20, pintaram as paredes do novo negócio todas de preto. Há oito meses eles instalaram a Cyber Black, na Aldeia do Índio, Jacintinho, que permanece aberta todos os dias, geralmente das 8h até o começo da madrugada. Climatizada, oferece sorteios de brindes com freqüência. ?Vimos que era a oportunidade do momento para ganhar dinheiro?, conta Lucivânia, a ?Vânia?. ### ?Alfabetização digital é necessária? A fascinação de jovens e adultos pelas novas tecnologias tem se tornado tema de estudos em universidades do mundo inteiro. Na década de 1990, a internet chegou tímida, primeiro na casa dos mais ricos, nos países desenvolvidos; depois foi se alastrando pela periferia em países do terceiro mundo, e vem promovendo até hoje mudanças no comportamento de diferentes povos e transformando a maneira de escrever. ///