Bope entre fic��o e realidade
Fátima Almeida Repórter De um lado, no cinema, a ficção retratada no filme Tropa de Elite virou febre nacional, antes mesmo do longa ser lançado oficialmente. Do outro, nas ruas de Maceió, a realidade do enfrentamento entre a polícia e servidores
Por | Edição do dia 21/10/2007 - Matéria atualizada em 21/10/2007 às 00h00
Fátima Almeida Repórter De um lado, no cinema, a ficção retratada no filme Tropa de Elite virou febre nacional, antes mesmo do longa ser lançado oficialmente. Do outro, nas ruas de Maceió, a realidade do enfrentamento entre a polícia e servidores públicos estaduais em greve, esta semana, colocou o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) na boca do povo, com comentários contra e a favor. De uma forma ou de outra, nunca se falou tanto nos tais homens de preto, que entraram no imaginário popular, onde realidade e ficção se misturam e se confundem em cenas protagonizadas pela Tropa de Elite da Polícia Militar. ### Treinamento leva policial ao limite Os policiais que se candidatam ao treinamento do Bope passam por situações extremas de desgaste físico e emocional. Nem todos conseguem chegar até o fim. Na segunda-feira passada, uma turma de 40 alunos de várias unidades militares, inclusive do Exército, entre eles duas mulheres, iniciou um estágio de nivelamento em operações especiais (Enoe) no Bope de Alagoas. Somos sempre procurados por outras unidades para esse fim, diz o major Jairisson Correia, subcomandante da tropa, explicando, no entanto, que o Bope não é uma unidade de ensino, mas instituiu os estágios para maior instrução e preparação dos policiais. ### Batalhão é último recurso Seja pelo respeito, pela admiração ou pela vontade de integrar a Tropa de Elite, quem quer entrar no Bope tem que ter, em princípio, voluntariedade. Quem vem, sabe que as missões são difíceis, que o treinamento é pesado. Tem que ter muita vontade, lembra o major Jairisson Correia, subcomandante da tropa. Esse requisito é o impulso do outro, que seria um mínimo de aptidão física, para evoluir ao máximo. A soldada Edilene Bandeira Pimentel agüentou firme, com a força da vontade. ///