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Fam�lia de Dida � atra��o entre torcedores de Lagoa da Canoa

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MAIKEL MARQUES Sucursal Arapiraca – A reportagem da GAZETA acompanhou, ontem pela manhã, em Lagoa da Canoa, o sofrimento e vibração de dona Celice Paula de Jesus, mãe do goleiro Dida, durante a transmissão da partida da Seleção Brasileira contra a Turquia pelas semifinais da Copa do Mundo 2002. Nervosa e muito confiante na vitória que se materializaria com o gol de Ronaldo, dona Celice reuniu filhos e netos e mostrou-se confiante na conquista do pentacampeonato. “Vamos ganhar a Copa e fazer muita festa para receber o nosso Dida”, avisou a comerciante, que reuniu parentes, amigos, filhos e netos na sala decorada com fotos que contam a história do atleta nos mais diversos clubes de futebol. Olhos vidrados na transmissão da partida, dona Celice contou à reportagem que “o Dida” sempre lhe telefona no dia em que o Brasil entra em campo. Confiança “Em suas conversas, ele tem-se mostrado confiante na conquista do título”, declara dona Celice, que ainda mantém esperanças de ver o filho atuando pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Japão e Coréia do Sul e que, juntamente com os demais familiares, vibrava a cada aparição de seu filho na tela da TV. “Vamos, vamos fazer gol...”, gritava dona Celice, cujo sofrimento só diminuiu quando o atacante Ronaldo finalmente conseguiu marcar o gol da classificação para a final contra a Alemanha. “Estamos rezando para que os atletas do Brasil conquistem o pentacampeonato mundial”, ressaltou a mãe de Dida, que promete reunir toda a família, no próximo domingo, para assistir “à vitória da seleção”. Os moradores de Lagoa da Canoa vestiram-se de amarelo para torcer pela Seleção. Distante de Maceió 139 quilômetros, o pequeno município estava em clima de festa. Nem mesmo os momentos de perigo, com o ataque dos turcos, tiraram da população o otimismo na vitória da seleção. Aliado ao clima de festa junina, o jogo de classificação para a final da Copa foi acompanhado no município por um cardápio especial, regado a muito milho. Copa não contagia todos os alagoanos Há pessoas – uma grande minoria diga-se de passagem – que não se deixam contagiar pelo clima da Copa do Mundo. Mesmo sendo dia de jogo da Seleção Brasileira, teve gente que não mudou a rotina de fazer caminhadas na orla marítima de Maceió. Exatamente às 8h30, quando se iniciava a partida entre as seleções do Brasil e da Turquia, a estudante Aline Santos começava a fazer sua caminhada matinal. “Fico muito nervosa durante o jogo, por isso prefiro relaxar e depois procuro saber o resultado”, comentou. Para outros torcedores, o jogo tem que ser deixado de lado por causa do trabalho. É o caso dos garçons que trabalham nos bares que abrem durante os jogos da Seleção. No bar Galetos e Assados, na Jatiúca – um dos pontos de maior concentração de torcedores em Maceió - um batalhão de garçons não pára de trabalhar durante todo o jogo. Eles têm que dar conta de mais de 120 mesas e quase quatrocentos clientes que entre um lance e outro da partida tomam um gole de cerveja e beliscam alguns petiscos. Mal dá tempo para dar uma “olhadinha” nas televisões espalhadas por todos os cantos dos bares. O motorista de ônibus Antônio Macina trabalhou durante todo o horário do jogo. Ele disse que já está acostumado a trabalhar em datas importantes. “A torcida é para que o Brasil ganhe, mesmo sem assistir ao jogo”, comentou. Nos estabelecimentos comerciais que funcionam 24 horas – como postos de gasolina e farmácias – os funcionários instalaram aparelhos de televisões para não perder o jogo. Como na hora da partida a clientela praticamente desaparece não é difícil conciliar a obrigação com o prazer de torcer pelo Brasil.

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