T�cnico prop�e cemit�rio vertical no Benedito Bentes

A construção de um cemitério vertical pode ser a solução para o bairro do Benedito Bentes, onde há oito anos os moradores reivindicam a instalação de um local próprio para sepultar os familiares, mas esbarram em questões ambientais para isso. A avaliação é do presidente do Sindicato dos Cemitérios Particulares do Brasil (Sincep), Jayme José Adissi. O sindicalista participa do 4 Encontro Nacional de Cemitérios Particulares, aberto ontem de manhã, no Hotel Jatiúca. “Noventa por cento dos municípios do País tem problemas para criação de novos cemitérios”, ressaltou Adissi. Segundo ele, existem várias alternativas para resolver esse problema, como a instalação de cemitérios verticais como já existem nas cidades de Porto Alegre e Santos – onde o prédio principal terá 30 andares. O presidente do Sincep defende ainda que as prefeituras poderiam entregar os cemitérios para serem administrados pela iniciativa privada. “O problema é que as prefeituras vêem a questão pelo lado social, mas quem pode deve pagar pelos que não tem condição financeira”. Ele cita como exemplo o caso do cemitério mais antigo de São Paulo, onde existem túmulos com mais de 60 mil metros quadrados, sem pagar qualquer tipo de taxa”. Hoje, no País, são cerca de 200 cemitérios particulares, que procuram superar o estigma de um mercado voltado um momento de dor para a maioria das pessoas. “A idéia dos cemitérios particulares é vender em vida, como uma previdência”, pondera Adissi. “Antigamente, as pessoas que buscavam comprar um espaço no cemitério eram os idosos e até estrangeiros. Hoje, já se vende isso para jovens e brasileiros”.