Carla Serqueira Repórter O trabalho não é pouco. Das 16h às 22h, todos os dias, de domingo a domingo, Jailson Alves Basil recebe cerca de 500 crianças. Ele, pacientemente, põe no colo, puxa uma conversa qualquer para deixar o mito do personagem do tamanhinho dos pequenos, posa para as fotos e, de igual para igual, torna-se confidente dos sonhos infantis, naturalmente inocentes, mas cheios de carência, os quais muitas vezes deixam apertado o imenso coração do “bom velhinho”. O Papai Noel do shopping Iguatemi mora no Jardim das Américas, um conjunto novo, sem saneamento básico, com muitas casas ainda em construção, para lá do Carminha, no Tabuleiro, perto do Benedito Bentes. ### Não importa a idade, todos se rendem à magia Depois de uma hora e quarenta minutos de ônibus, Jailson chega ao Iguatemi perto das 15h. Numa sala do setor administrativo, troca de roupa – gorro, óculos, barba, bigode, blusão, cinturão, calça, bota, luvas – e conversa com as “Noeletes”, suas assistentes. Espera o Papai Noel da manhã voltar para o camarim improvisado para então seguir, de cajado na mão, entre as lojas até o trono desocupado pelo colega, onde posará sorridente para fotos até as 22h. ///