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Nº 5759
Cidades

AL registra mais de 400 casos de sífilis congênita em nascidos vivos

Dados mostram um aumento de 44,37% da doença; em 2022, foram registrados 311 casos no estado

Por TATIANNE BRANDÃO | Edição do dia 24/01/2024 - Matéria atualizada em 24/01/2024 às 04h00

A sífilis congênita, transmitida da mãe para o feto durante a gestação, é um desafio persistente para a saúde pública em todo o mundo. Em Alagoas, no ano passado, o Centro de Informações Estratégica em Vigilância em Saúde (Cievs) registrou 449 casos da doença.

O índice representa 9.8 casos para cada 1.000 nascidos vivos. Em 2022, o estado contabilizou 311 casos de sífilis congênita, representando um índice de 6.8 casos para cada 1.000 nascidos vivos. O aumento entre os dois anos chegou a 44,37%.

A sífilis congênita ocorre quando uma gestante infectada não recebe tratamento adequado durante a gravidez, permitindo que a bactéria atravesse a placenta e afete o feto. A falta de conscientização sobre os cuidados pré-natais e a realização de exames regulares contribuem para a persistência dessa transmissão vertical.

“Ao desconfiar de uma gestação, a mulher deve procurar um posto de saúde para iniciar o pré-natal. Essa procura deve ocorrer, porque se for detectada a sífilis, o tratamento é indicado por um profissional. A paciente deve começar o mais rápido possível a medicação, evitando a transmissão para o feto e salvaguardando o recém-nascido de problemas graves como deficiências visuais, auditivas, má formação óssea e problemas no desenvolvimento dental e até mental”, destaca a médica ginecologista e obstetra do Hospital da Mulher, Andreia Almeida.

Os efeitos da sífilis congênita podem ser devastadores para o bebê, incluindo malformações, comprometimento neurológico, baixo peso ao nascer e, em casos extremos, a morte. A detecção precoce e o tratamento eficaz durante a gravidez são essenciais para prevenir essas complicações.

Um dos principais desafios associados à sífilis congênita é a subnotificação e a dificuldade na identificação precoce. Muitas gestantes podem não apresentar sintomas evidentes, e a falta de exames regulares pode resultar em diagnósticos tardios, impactando diretamente a saúde do bebê.

“A sífilis é uma doença infectocontagiosa, que é transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas, da mãe para o filho, em qualquer fase da gestação ou no momento do parto (sífilis congênita). O ideal é que o casal antes de programar a gravidez, faça o teste de sífilis, HIV e as hepatites B e C”, afirma.

Em Alagoas, o teste rápido para sífilis está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS). Após realizar o exame, o resultado é liberado em 20 minutos.

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