app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5759
Cidades

Com redução dos casos, AL não terá vacina contra a dengue pelo SUS

Números apontam queda de quase 90% da doença; Ministério da Saúde vai priorizar cidades com alta transmissão

Por Jamylle Bezerra | Edição do dia 26/01/2024 - Matéria atualizada em 26/01/2024 às 04h00

A lista dos municípios brasileiros que vão disponibilizar a vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS) foi divulgada nesta quinta-feira (25), pelo Ministério da Saúde. Como Alagoas apresenta bons números em relação à doença e não preencheu os requisitos para receber o imunizante, não será contemplada neste primeiro momento. Portanto, nenhuma cidade do estado estará ofertando a vacina nos postos de saúde. O imunizante está disponível, porém, desde o ano passado, nas clínicas privadas de vacinação.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) recebeu a decisão com naturalidade, já que o Ministério levou alguns critérios em consideração para disponibilizar o imunizante. Entre eles, a redução dos casos no estado em 2023.

Dados divulgados pela secretaria apontam que os casos confirmados de dengue em Alagoas reduziram em quase 90% de um ano para outro. Os números mostram que, de janeiro a dezembro de 2022, foram registrados 33.609 casos da doença no estado e, neste ano, no mesmo período, 4.287. Os casos de mortes por dengue também apresentaram uma queda. Em 2022, no período de janeiro a dezembro, foram registradas 21 mortes e no mesmo período de 2023, o número caiu para quatro.

A escolha dos locais prioritários seguiu três critérios: municípios de grande porte (com mais de 100 mil habitantes), com alta transmissão de dengue registrada em 2023, e com maior predominância do sorotipo DENV-2. Dessa forma, 16 estados e o Distrito Federal preenchem os requisitos para iniciar a vacinação.

Dezesseis estados e o Distrito Federal estarão ofertando a vacina pelo SUS. No total, a lista conta com 251 municípios que receberão a vacina contra a dengue em 2024, por meio do SUS. A pasta pretende imunizar neste ano 3,2 milhões de pessoas de 10 a 14 anos. O estado com mais municípios selecionados é Goiás (134), seguido pela Bahia (115), Mato Grosso do Sul (79) e Paraná (30). A vacinação começa em fevereiro.

A elaboração de critérios prioritários segue recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) do Ministério da Saúde, além da Organização Mundial de Saúde (OMS), tendo em vista que a farmacêutica Takeda, que fabrica a vacina Qdenga, tem capacidade limitada de fornecimento das doses para este ano.

O esquema vacinal é composto de duas doses, com intervalo de três meses entre elas. De acordo com o Ministério da Saúde, a definição de um público-alvo e regiões prioritárias para a imunização foi necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina.

A primeira remessa com cerca de 757 mil doses chegou ao Brasil no último sábado (20). O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro. Além dessas, o Ministério da Saúde adquiriu o quantitativo total disponível pelo fabricante para 2024: 5,2 milhões de doses. De acordo com a empresa, a previsão é que sejam entregues ao longo do ano, até dezembro. Para 2025, a pasta já contratou 9 milhões de doses.

O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue em dezembro de 2023. A inclusão foi analisada de forma célere pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS), que recomendou a incorporação.

Mais matérias
desta edição