Cidades
Professores revoltados com tratamento diferenciado

O projeto de reajuste salarial de 38% para os procuradores de Estado e delegados da Polícia Civil, aprovado na última quinta-feira pela Assembléia Legislativa, provocou a mobilização das demais categorias dos servidores públicos estaduais, grande parte sem aumento há sete anos. Entre os mais inconformados com o que chamam de tratamento diferenciado dado pelo governo, estão os professores, que só conseguiram um reajuste de 7% este ano. Não somos contra o aumento salarial de qualquer categoria, mas estamos questionando o porquê desse tratamento diferenciado, criticou a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Alagoas, Girlene Lázaro da Silva. Por que essa forma diferenciada de tratamento, uma vez que os servidores como um todo devem ser valorizados? Ela relatou que os professores, que têm data-base em maio começaram a luta pelo reajuste salarial há bastante tempo, já por conta de este ser um ano eleitoral. Mas só conseguimos um percentual tão baixo quanto o do ano passado, que foi de apenas 6%. Além disso, a presidenta do Sinteal reclama que, além de o governo só ter concedido um reajuste de 7%, este ano, ainda não deu resposta aos 18 itens restantes da pauta de reivindicação da categoria que inclui a revisão do Plano de Cargos e Carreiras do Magistério (PCC). Outra preocupação do Sinteal é quanto ao fato de o próprio governo ter estabelecido a data-base dos servidores de níveis elementar e médio da educação para os meses de julho e agosto, respectivamente. Como a lei eleitoral determina que os reajustes salariais só podem ser concedidos até quatro meses antes das eleições, o governo deveria se pronunciar até a última sexta-feira sobre o reajuste para esses servidores. Só que até agora não sabemos como o governo vai tratar essa questão.