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Povoado alagoano ainda tem toca de Lampi�o

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ROBERTO VILANOVA São José da Tapera – Mais antigo que a sede e um dos mais velhos povoados do sertão alagoano, Caboclo, a 220 quilômetros de Maceió, ainda conserva a toca de Lampião, que virou atração turística e atrai aventureiros dispostos a enfrentar as mesmas dificuldades dos cangaceiros para escalar o Morro da Torre. Localizado à margem da rodovia para Xingó, Piranhas e Delmiro Gouveia, o povoado foi fundado no século 18 pela família dos Anjos. Aline Barros dos Anjos, 16, uma das descendentes dos fundadores, dedicou-se à preservação da história do povoado e quer ser socióloga, para melhor estudar seus antepassados. Pelo que já pesquisou, ao lado da amiga Claudevania Rodrigues Malaquias, 16, ela identificou a origem do nome – Caboclo é referência aos índios caetés, que escaparam da perseguição de Jerônimo de Albuquerque, depois da morte do primeiro bispo do Brasil, dom Pero Fernandes Sardinha. O morro Não existe torre, só o morro, com quase 800 metros de altura, um local estratégico que Lampião, com experiência militar, escolheu para descansar sem a chance de ser surpreendido. A torre, na verdade, é a referência ao ponto de observação – no cume do morro pode se avistar as cidades de Piranhas, Pão de Açúcar, São José da Tapera, sede, e a barragem de Xingó. Era lá que Lampião ficava, observando o movimento das volantes de Alagoas e Sergipe. Rico em história do cangaço, Caboclo tem 754 habitantes, dos quais 335 são homens e 419 mulheres, contados um a um pela estudante Aline dos Anjos. Ela explicou que fez um trabalho para a escola e como não havia dados disponíveis no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi obrigada a fazer pessoalmente o recenseamento. “Foi melhor porque hoje nós temos dados reais do povoado”.

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