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Nº 5904
Cidades

Avan�o tecnol�gico muda h�bitos

Houve um tempo em que ninguém tinha celular e o computador era uma máquina da Nasa do tamanho de um prédio de seis andares. Para quem tem menos de 25 anos, esse mundo antigo vem ao imaginário como uma visão do absurdo, algo completamente fora de cogitação

Por | Edição do dia 05/10/2008 - Matéria atualizada em 05/10/2008 às 00h00

Houve um tempo em que ninguém tinha celular e o computador era uma máquina da Nasa do tamanho de um prédio de seis andares. Para quem tem menos de 25 anos, esse mundo antigo vem ao imaginário como uma visão do absurdo, algo completamente fora de cogitação. Mas quem ouviu LPs, assistiu filmes em VHS e descobriu a tecnologia através do videogame Atari sabe bem como era a vida sem a internet. Parece que faz muito tempo, mas a revolução tecnológica conquistou o planeta há pouco mais de uma década. Enquanto pais ainda guardam fitas cassete no armário, adolescentes têm o mundo literalmente na palma da mão. Seja com o celular que tem GPS, MP4, acesso à internet e jogos em rede ou com o palm top, computador que cabe na mão e pode realizar teleconferência via satélite. ### iPhone e MP7 continuam sendo sonhos de consumo A evolução de novas tecnologias impõe um ritmo alucinante de pesquisas e ofertas de produtos na indústria do setor. Uma infinidade de opções surge num mercado ávido e alguns itens se tornam o ponto alto do termômetro dessa febre de consumo. Pode-se destacar atualmente alguns itens como o Play Station Portátil (PSP), o iPhone e o MP7. A proprietária da loja de artigos de informática Suprifitas, no Shopping Iguatemi, Carol Lima, é testemunha diária do fascínio que a tecnologia exerce nos adolescentes. “A gente sempre está fazendo pesquisas sobre lançamentos porque o público é exigente, tem clientes que vêm aqui toda a semana e já nos alerta sobre as novidades que estão chegando ao Brasil”, afirma a empresária. A loja também vira ponto de encontro entre os adolescentes mais antenados e que não querem perder de vista as novidades do setor tecnológico. “Toda sexta-feira a partir de uma da tarde a loja fica lotada. ### Computador tende a desaparecer A velocidade com que surgem novos produtos é proporcional à grande quantidade de aparelhos que viram lixo tecnológico. O professor Fábio Paraguaçu se baseia nesse caráter autofágico da informática para avisar que o computador pessoal é a próxima vítima e está com os dias contados. “Minha visão para o futuro é o desaparecimento dos notebooks porque a tendência é a constante diminuição dos objetos, o uso dos computadores de mão”, explica. A capacidade de armazenar um volume cada vez maior de informações em instrumentos minúsculos é notável. Seria covardia comparar os antigos disquetes com o pen drive, o MP4 ou o iPod. O professor Paraguaçu também destaca avanços como toda a incorporação das tecnologias de TV Digital nas câmeras, inclusive dentro do próprio celular e a telefonia via internet, do tipo skype, no próprio celular. Sem contar a transmissão de TV no celular, em games portáteis e outros aparelhinhos. ### Tentações atiçam consumo compulsivo Com esse bombardeio de tentações no mercado de informática, o consumidor compulsivo não mede esforços para sempre ter em mãos os últimos lançamentos. Desde que tenha condições de bancar. A dona-de-casa Carla Cavalcante pode se enquadrar nesse perfil. Ela tem 26 anos, um iPhone com 80 giga de memória, dois notebooks, sendo um de 7 polegadas, dois PSPs, um aparelho de MP4, um iPod, máquina digital, uma infinidade de games, porta-retrato digital com memória de 2 giga, TV de plasma, TV de LCD e um monte de acessórios. ### Tecnologia facilita constante troca de conhecimentos Grande parte dos pesquisadores da área vêem a informática evoluir em direção às fronteiras da comunicação, da troca constante de conhecimento e de colaboração entre as pessoas. Segundo o professor Fábio Paraguaçu, quanto mais se desenvolvem os conceitos teóricos, com a colaboração em rede, mais se tende a avançar e gerar novas tecnologias. “A evolução reforça a noção de que há um todo, que serve de fonte de conhecimento global”, destaca o coordenador do curso de Sistema de Informação da Ufal. Os progressos da era tecnológica já eram visíveis só com o computador, mas na década de 90 a internet trouxe a possibilidade de várias pessoas se comunicarem entre si. Agora o ser humano realiza colaboração em massa o tempo todo. “E essa comunicação pode ser on-line, através de chats, no MSN e em teleconferências, ou assíncona, utilizando instrumentos como blogs, o orkut e sistemas de comunicação via fóruns”, ilustra Paraguaçu. ///

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