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NOVO LINO

Mãe confessa que matou bebê asfixiada e corpo é encontrado na casa da família

Elucidação contou com a coordenação decisiva do secretário da SSP/AL, Flávio Saraiva, e dos delegados Igor Diego e João Marcelo

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Recém-nascida estava em um armário de madeira
Recém-nascida estava em um armário de madeira | Foto: Reprodução

Um desfecho trágico encerrou uma história que comoveu alagoanos por quatro dias. Ontem (15), a recém-nascida Ana Beatriz, de apenas 15 dias, foi encontrada morta em um armário na casa onde vivia com a mãe, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, em Novo Lino, interior de Alagoas. Ela é a mesma pessoa que pediu justiça, mentiu para a polícia e confessou que matou a própria filha asfixiada com um travesseiro.

Eduarda foi presa em flagrante por ocultação de cadáver. Ela deve responder por homicídio ou infanticídio, dependendo da análise do seu estado puerperal (período após o parto até que o organismo da mulher volte às condições normais), conforme previsto no Código Penal.

Segundo a polícia, a jovem relata que perdeu a paciência devido ao choro da filha, que estava doente, e ao barulho de um bar próximo à residência. “Ela disse que não aguentava mais, porque a criança não dormia há noites e o barulho da rua a irritava”, informou o delegado Igor Diego, um dos responsáveis pelo caso.

Localização do corpo

Na manhã de ontem, as inconsistências nos relatos de Eduarda culminaram em sua confissão, segundo o advogado Wellington Oliveira, contratado pela empresa onde trabalha o pai da criança. Após indicar o local, a polícia encontrou o corpo da recém-nascida no início da tarde, em um armário de madeira na área da lavanderia, enrolado em um saco plástico junto a produtos de limpeza, já em estado de putrefação.

A localização foi confirmada após um tio do marido de Eduarda informar à polícia, com base na confissão da mãe. A notícia gerou revolta entre moradores da região, que protestaram pedindo justiça. A polícia reforçou a segurança para garantir a integridade de Eduarda, que precisou ser socorrida por uma ambulância após passar mal.

Mobilização

O caso teve início na sexta-feira (11), quando Eduarda registrou o desaparecimento de Ana Beatriz, alegando que a filha havia sido sequestrada por criminosos armados às margens de uma rodovia federal em Novo Lino. A história mobilizou equipes da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros, que realizaram buscas em Alagoas e Pernambuco. A população acompanhava o caso, na esperança de um desfecho positivo.

Após divergências em depoimentos de Eduarda, nessa segunda-feira (14), foi montada uma força tarefa das polícias e do Corpo de Bombeiros para buscas na região, com o auxílio de um cão farejador, mas nada havia sido encontrado.

Depois que o corpo foi localizado, a mãe, que já havia dado cinco versões diferentes sobre o caso, levantando desconfiança sobre o que de fato teria ocorrido, precisou ser socorrida por uma ambulância e retirada da casa sob forte comoção.

Da unidade de saúde, onde foi encaminhada por passa mal, Eduarda seguiu para o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Novo Lino, onde recebeu a notícia sobre a prisão. O resultado dos exames laboratoriais realizados pela Polícia Científica vai detalhar a causa da morte.

O corpo de Ana Beatriz foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Maceió (IML), onde será periciado. Somente esse resultado irá confirmar a última versão apresentada por Ana Beatriz à polícia. As investigações continuam para elucidar se houve participação de outras pessoas no crime.

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