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Nº 5905
Cidades

Alagoano espera seis meses por cirurgia

Os números da Saúde em Alagoas, revelados por entidades como os sindicatos dos médicos e dos donos de hospitais, não são mais novidade. Mas o drama a que estão submetidos milhares de alagoanos que precisam de assistência médico-hospitalar tem se agravado

Por | Edição do dia 19/10/2008 - Matéria atualizada em 19/10/2008 às 00h00

Os números da Saúde em Alagoas, revelados por entidades como os sindicatos dos médicos e dos donos de hospitais, não são mais novidade. Mas o drama a que estão submetidos milhares de alagoanos que precisam de assistência médico-hospitalar tem se agravado ainda mais nos últimos cinco anos. Atualmente, ninguém que não tenha plano de saúde ou uma boa situação financeira consegue ser operado em Alagoas antes de, no mínimo, seis meses de espera. Esse é o prazo que um trabalhador tem que aguardar para ter marcada uma cirurgia eletiva, aquela que por não ser de urgência ou emergência, pode ser feita em data futura. ### “Só Deus cura sem custos”, diz médico Em Alagoas, além do Hospital Universitário (HU), só é possível receber tratamento cirúrgico na rede conveniada. As exceções são a Maternidade Santa Mônica, mas ali a assistência destina-se a gestantes de alto risco, e o recém-criado HGE, que só atende casos de urgência (traumas). É importante ressaltar que, segundo o Sindhospital, a rede privada não tem convênio com o SUS para emergência neurocirúrgica. O SUS é mesquinho no que se refere ao repasse de recursos para assistência aos alagoanos. O presidente do Sindicato dos Hospitais diz que, no País, os recursos anuais deveriam girar em torno de R$ 148 bilhões. ### Famílias fazem empréstimos para financiar cirurgias A crise na rede pública de saúde chegou a tal limite que as famílias estão fazendo empréstimos bancários para pagar cirurgias. A situação é revelada pelo presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, ao falar das razões que levaram os profissionais a recusarem fazer procedimentos cirúrgicos pelo Sistema Único de Saúde. A tabela do SUS está há 12 anos sem reajuste, reclama o dirigente sindical, para quem, como trabalhador autônomo, o médico tem o direito de prestar ou não serviço à rede pública. “Não somos funcionários públicos, mas apenas credenciados. Isso não nos obriga a, praticamente, pagar para trabalhar. A obrigação de garantir assistência digna à população é do Estado”, avisa Wellington Galvão. ///

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