Maceió registra três casos de raiva animal em 2025

Maceió registrou, este ano, três casos de raiva em morcegos nos bairros de Cruz das Almas, Guaxuma e Garça Torta, conforme informado pela Secretaria Municipal de Saúde.

Em razão desses casos,foi realizado um mutirão de vacinação para cães e gatos, nessa segunda-feira, 12, na Praça Paulo Décio, no Loteamento Gurguri Guaxuma. A vacinação foi obrigatória para todos os animais da região, independentemente do porte, com o objetivo de erradicar o ciclo viral e proteger a saúde pública.

A ação ocorreu após moradores da área enviarem morcegos mortos para análise, resultando na confirmação do vírus da raiva, o que indicou que a região está contaminada.

Moradores de condomínios e aqueles com mais de 10 animais em casa podem agendar a vacinação domiciliar com a Unidade de Vigilância de Zoonoses pelo telefone (82) 3312-5576 ou WhatsApp (82) 98882-8240.

No ano passado, o estado de Alagoas registrou quatro casos de raiva em animais, sendo um em morcego e três em bovinos. Este ano, todos os casos confirmados em Maceió envolvem morcegos.

A raiva é uma doença grave que pode ser transmitida aos humanos pela mordedura ou lambedura de animais infectados, com a saliva e secreções sendo as principais fontes de transmissão. A doença leva a encefalite progressiva e aguda, com uma taxa de letalidade próxima a 100%. Desde 2006, Alagoas não registrou casos humanos da doença, o que reflete a eficácia das ações de vigilância e controle realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

A Sesau reforça que todos os animais silvestres devem ser considerados de risco, independentemente de estarem domesticados ou não, devido à falta de conhecimento completo sobre como a raiva afeta essas espécies. Animais de produção, como bovinos, equídeos e suínos, também são classificados como de risco.

A Secretaria alerta ainda que pessoas que entrarem em contato com animais silvestres ou de produção suspeitos de raiva devem procurar imediatamente uma unidade de saúde para receber os cuidados profiláticos necessários, conforme as diretrizes da profilaxia antirrábica.

Além disso, a Sesau destaca que todos os atendimentos relacionados a acidentes com animais potencialmente transmissores da raiva devem ser notificados pelas unidades de saúde, por meio da Ficha de Investigação de Atendimento Antirrábico Humano.