loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
terça-feira, 24/06/2025 | Ano | Nº 5995
Maceió, AL
26° Tempo
Home > Cidades

MORREU APÓS O PARTO

Médicos são indiciados por morte de grávida em Arapiraca

Investigação apontou falha no atendimento e omissão por parte dos profissionais de plantão

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Cíntia Soares Farias
Cíntia Soares Farias | Foto: Foto: Reprodução

Polícia Civil indiciou dois médicos do Hospital Chama em Arapiraca, no Agreste do Estado, pela morte de da gestante Cíntia Soares Farias, de 25 anos, e do bebê dela. Eles foram indiciados pelo crime de homicídio culposo quando não há intenção de matar, mas o crime ocorre por negligência ou imperícia. Outras duas mortes na unidade também são investigadas.

O inquérito que investigou o caso foi concluído e encaminhado à Justiça nessa terça-feira (13) pelo delegado regional de Arapiraca, Edberg Sobral de Oliveira. Segundo as investigações, a grávida saiu da cidade de Batalha para dar à luz ao seu filho no dia 4 de fevereiro na maternidade da unidade de saúde.

Ela deu entrada na unidade às 5h, mas só foi atendida 10h. Ela foi para o centro cirúrgico, onde foi submetida a uma cesariana e saiu com hemorragia pós-parto.

Mesmo apresentando sinais de agravamento, permaneceu por cerca de seis horas na enfermaria. Somente às 16h foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde recebeu três bolsas de sangue. Cíntia não resistiu e morreu às 22h15 do mesmo dia.

A investigação apontou falha no atendimento e omissão por parte dos profissionais de plantão, que desrespeitaram normas técnicas da profissão. Com base nisso, ambos foram indiciados por homicídio culposo, por inobservância de regra técnica de cuidado.

À reportagem da TV Gazeta, o hospital informou que o caso é extremamente complexo e envolveu vários problemas como pré-eclâmpsia grave e ruptura de hematoma no fígado, o que causou uma hemorragia irreversível.

A unidade de saúde afirmou ainda que lamenta o caso e que não houve negligência, mas sim uma sucessão de complicações graves e raras.

Relacionadas