VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Benedito Bentes e Cidade Universitária lideram casos de violência contra a mulher em Maceió
Maioria das mulheres atendidas (47,3%) sofreu violência praticada por ex-maridos ou ex-companheiros

A Casa da Mulher Alagoana realizou 1.115 atendimentos de janeiro a junho deste ano, revelando um retrato preocupante da violência de gênero em Maceió — especialmente nos bairros da parte alta da cidade. As regiões do Benedito Bentes (11%) e Cidade Universitária (8,5%) concentram o maior número de vítimas acolhidas pela instituição, seguidas por Jacintinho (6,5%) e Tabuleiro do Martins (5,6%).
Do total de casos registrados no período, 89,3% envolvem vítimas residentes na capital alagoana. Também foram atendidas mulheres vindas de municípios vizinhos, como Rio Largo (1,6%), Marechal Deodoro (1,3%) e Barra de São Miguel (0,4%). A Casa ainda recebeu vítimas de outros estados — como São Paulo, Pará, Pernambuco e Santa Catarina — e até de países vizinhos, como Peru, Argentina e Paraguai.
A maioria das mulheres atendidas (47,3%) sofreu violência praticada por ex-maridos ou ex-companheiros. A instituição também observa que o perfil mais recorrente entre as vítimas é o de mulheres pardas (56,8%), com ensino médio completo (36,8%) e idades entre 18 e 39 anos — faixas etárias que representam 59,5% dos casos.
A Casa da Mulher Alagoana, localizada no Centro de Maceió, ao lado da Praça Sinimbu, funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Em fins de semana e feriados, há plantão para o serviço de alojamento de passagem. No local, as vítimas recebem acolhimento humanizado e atendimento de uma equipe multidisciplinar, além de poderem registrar boletins de ocorrência e buscar abrigo temporário. Também funcionam na Casa o 1º e o 2º Juizados de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Capital.