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DESMASCARADO

Motorista forja sequestro e incêndio para fraudar seguro em Alagoas

Polícia Civil informou que Josivaldo criou história fantasiosa para receber o valor de R$ 50 mil

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Homem agiu sozinho e tinha como objetivo fraudar o seguro veicular para receber cerca de R$ 50 mil
Homem agiu sozinho e tinha como objetivo fraudar o seguro veicular para receber cerca de R$ 50 mil | Foto: Foto: Reprodução/ TV Gazeta

A Polícia Civil de Alagoas informou ontem que o motorista por aplicativo Josivaldo dos Santos da Silva, que afirmou ter sido sequestrado e ter parte do corpo queimada por criminosos, forjou o próprio sequestro e ateou fogo em seu veículo com o objetivo de receber o valor do seguro, estimado em R$ 50 mil.

De acordo com o delegado João Marcelo, responsável pelo inquérito, o caso começou a ser desvendado após a polícia detectar incongruências no depoimento da suposta vítima. Josivaldo afirmou inicialmente que havia sido rendido por dois homens enquanto trabalhava, levado para um canavial, onde foi amarrado, teve o rosto coberto com uma camisa e, em seguida, atingido por um líquido inflamável. Ele disse ainda que conseguiu escapar e procurou atendimento médico em uma unidade de saúde.

IMAGENS E CONFISSÃO

No entanto, imagens de videomonitoramento analisadas pelos investigadores mostraram que, antes do suposto sequestro, Josivaldo havia parado em um posto de combustíveis, onde abasteceu um galão com gasolina. Com as imagens em mãos, a polícia confrontou o motorista, que confessou ter forjado toda a história.

Segundo o delegado, Josivaldo alegou dificuldades financeiras como motivação para o crime. O carro que ele utilizava estava financiado, sob ordem de busca e apreensão, e ele acumulava dívidas com diversos bancos.

Tudo foi executado em uma área de mata na região do Benedito Bentes, em Maceió. Ao tentar incendiar o veículo com fósforos, Josivaldo acabou se queimando acidentalmente. O carro foi destruído pelas chamas e recolhido posteriormente pela seguradora.

O caso ocorreu no último sábado (13), mas apenas nesta semana a versão falsa foi desmentida com base nas provas reunidas pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO). O delegado Igor Diego, diretor do órgão, afirmou: “Ele comprou combustível, levou o veículo para um lugar e ateou fogo, quando acabou se queimando. Tudo com o objetivo de receber o valor do seguro. Não existiu nada de queimado vivo”.

Josivaldo foi ouvido pela Polícia Civil e liberado. Ele será indiciado pelos crimes de estelionato, comunicação falsa de crime e falsidade ideológica, podendo pegar até 10 anos de prisão. Durante os dias em que sustentou a versão falsa, o motorista ainda chegou a promover campanhas nas redes sociais para arrecadar doações.

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