Em 4º condenação, pena de serial killer de AL já chega soma mais de 100 anos

Albino Santos de Lima, conhecido como o serial killer de Alagoas, foi condenado ontem a 14 anos e 7 meses de prisão pela tentativa de homicídio contra o barbeiro Alan Vitor dos Santos Soares, 21, em 2024. Ele também terá de pagar R$ 50 mil em indenização à vítima. Esse foi o quarto julgamento de Albino, que já acumula penas que somam 100 anos, 8 meses e 15 dias de reclusão.

O crime aconteceu em 12 de junho, no bairro Vergel do Lago, em Maceió, quando o jovem voltava do trabalho para a casa da avó. Alan percebeu que estava sendo seguido e, nesse momento, foi atingido por quatro disparos: um na nuca, dois no pulmão e um de raspão na orelha.

Apesar da gravidade dos ferimentos, ele sobreviveu após mais de dois meses internado, incluindo 30 dias em coma. Durante o julgamento, vítima e réu ficaram frente a frente. Alan relatou aos jurados como ocorreu o ataque e falou das sequelas permanentes, como a necessidade do uso de bolsa de colostomia e crises de epilepsia.

Ao depor, Albino negou a autoria do crime e questionou a ausência de exame de balística. Disse não ter arquivos relacionados a Alan em seu celular e negou ser o “homem de preto” visto por uma testemunha no dia da ocorrência. Também afirmou não acompanhar as transmissões ao vivo feitas pela vítima no Instagram, mencionadas durante o processo.

Mesmo após insistência do promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, o réu manteve a versão de que não tem envolvimento com o caso e declarou que estava em casa com os pais e irmãos no horário do crime.

Quando questionado sobre ter confessado o atentado na delegacia, chegando a dizer que a arma travou, o réu alegou que assumiu a culpa porque não havia tomado medicação nem dormido, devido ao incômodo de mosquitos. “Estava cansado e queria sair da delegacia logo”, justificou.

Outros crimes

Preso desde setembro do ano passado, Albino é apontado pelas autoridades como autor de 18 homicídios e seis tentativas, todos cometidos entre 2019 e 2024.

No dia 11 de abril de 2025, ele foi condenado a 37 anos, um mês e 15 dias pela morte do adolescente Emerson Wagner da Silva, de 17 anos.

Em 6 de junho de 2025, recebeu pena de 24 anos e 6 meses pela morte da mulher trans Louise Gbyson Vieira de Melo.

A condenação mais recente ocorreu em 31 de julho de 2025, quando foi sentenciado a 24 anos e 6 meses pela morte de Ana Clara dos Santos, de 13 anos.