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Comitiva do MS chega a AL para discutir aumento de casos e mortes por meningite

Grupo terá reuniões nesta quinta (11) e sexta (12) com gestores dos municípios

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Comitiva vai contar com a Força Nacional do SUS
Comitiva vai contar com a Força Nacional do SUS | Foto: Marcos Morelli / SMCS

Uma comitiva do Ministério da Saúde chega a Alagoas nesta quinta-feira (11) para discutir o avanço do número de casos e mortes por meningite no estado. Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), de 1° de janeiro a 1° de setembro de 2025, foram 14 casos de doença meningocócica e 6 óbitos.

Um dos objetivos da vinda do grupo, segundo Rodrigo Buarque, presidente do Cosems (Conselho das Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas), é entender o motivo do estado apresentar dados preocupantes e saber as estratégias que estão sendo desenvolvidas para conter a curva de crescimento de casos e óbitos.

Em contato com a Gazeta, o Ministério da Saúde informou que a comitiva é uma das ferramentas da pasta para enfrentamentos a emergências em saúde pública. Ela é composta por dois representantes da Força Nacional do SUS (FN-SUS), três da Secretaria de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente (SVSA); um da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS); um da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES); e o superintendente do Ministério da Saúde em Alagoas.

O ministério explicou que a vinda da equipe é para aprimorar protocolos e desenvolver estratégias de combate, sempre em parceria com as autoridades locais.

“O MS não tem qualquer interesse em ‘puxar pra si’ a responsabilidade e alijar os estados nessas emergências, mas, sim, em capacitar as ações de saúde para sanar as emergências. O SUS é tripartite, gerido em três instâncias, e é nesses momentos que essas instâncias têm que estar mais unidas”, esclarece.

Ainda segundo o MS, autoridades locais não estão na comitiva do Ministério da Saúde.

Vacina

Conforme o Programa Nacional de Imunização em Alagoas (PNI), a vacina preconizada é a meningocócica ACWY, que protege contra quatro tipos da bactéria causadora da meningite e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) em postos de saúde dos 102 municípios alagoanos.

Entretanto, no caso da proteção contra meningite tipo B, a vacina não está disponível no calendário do SUS no Brasil e é oferecida apenas na rede privada.

“Todos os óbitos em Alagoas são da meningo B que não tem a vacina coberta pelo SUS. A respectiva vacina está sendo analisada pela Comissão Nacional para a Incorporação de Novas Tecnologias ao SUS (Conitec) e a incorporação da vacina ao SUS depende do parecer dessa comissão no tocante à questão da efetividade e da sustentabilidade financeira da incorporação para toda a população brasileira”, destaca o presidente do Cosems/AL, Rodrigo Buarque.

Casos em Alagoas

Uma das mortes em Alagoas foi a de Anna Vitória Queiroz, de apenas dois anos. Ele deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro de Jaraguá, no dia 8 do mês passado.
Ela apresentava manchas no rosto e no pescoço. Ainda em agosto, a Sesau confirmou a morte de um bebê de apenas oito meses por meningite em Maceió.

Em 2024, Alagoas registrou 22 casos de meningite, com oito óbitos, cinco deles em Maceió; em Jequiá da Praia, Flexeiras e Satuba.

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