app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5898
Cidades

Praias alagoanas convivem com o perigo

Desde o dia 21 de dezembro, está aberta a temporada mais quente do ano. Do Litoral Norte ao Sul, Alagoas recebe turistas de todo o País e de diversas partes do mundo, que disputam um espaço nas praias mais badaladas e se entregam ao descanso e aos diverti

Por | Edição do dia 04/01/2009 - Matéria atualizada em 04/01/2009 às 00h00

Desde o dia 21 de dezembro, está aberta a temporada mais quente do ano. Do Litoral Norte ao Sul, Alagoas recebe turistas de todo o País e de diversas partes do mundo, que disputam um espaço nas praias mais badaladas e se entregam ao descanso e aos divertimentos. E alternativas não faltam: jogos com os amigos, passeios aquáticos e até uma voltinha num jegue. Diversões à parte, o verão traz também desconfortos que vão além dos corriqueiros casos de afogamentos e desaparecimentos de crianças. Acúmulo de lixo, trânsito de veículos na praia e jet skis desgovernados são os vilões da estação nos principais balneários do Estado. Em São Miguel dos Milagres e em Paripueira, a circulação de quadriciclos e demais veículos motorizados já está proibida. ### Transportes ocupam todos os espaços Barra de São Miguel – Espalhadas pela areia e pelo mar, as pessoas só pensavam em aproveitar o dia de praia. Enquanto o turista italiano Luca Saltareli e os amigos falavam dos encantos de Alagoas – “É um paraíso” –, pessoas vindas de outras localidades posavam para fotos e escolhiam entre as diversas opções de divertimento. Uma delas é o passeio de jegue, oferecido pela vendedora de coco Aparecida da Silva. Há dois anos, ela e o filho Leandro, 14, tocam o negócio que está rendendo lucros para a família. A foto com Xuxa Preta ou Ventania custa R$ 2,00, já o passeio fica em R$ 5,00. “É uma coisa que todo mundo gosta, porque eles são dóceis e não tem perigo”, comemora Aparecida. O trabalho com os animais acompanha a temporada e ocorre nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, encerrando-se exatamente no último dia do carnaval. ### Trabalhadores reclamam do lixo nas praias Barra de São Miguel – “O coração da gente fica deste tamanhinho. Jet ski passando perto do povo e umas crianças de seis, sete anos andando de quadriciclo na praia e nas ruas. Na semana passada, eu e meu marido quase fomos atropelados. A Barra de São Miguel está um problema e todo mundo precisa saber disso”, reclamava a vendedora ambulante Cícera Martins. Há quatro anos, ela e o marido, Cícero Alves, moram e trabalham na Barra de São Miguel e colecionam reclamações sobre o descaso com o ponto turístico. “Cada ano que passa, a situação fica pior. Não tem quem faça a limpeza da praia, então, a gente que trabalha aqui dá um jeito. Também não tem salva-vidas, nem policiamento. Era para isso aqui estar lotado, mas os turistas estão parando de aparecer. E o povo pobre não tem vez, porque a gente é dominado pelos ricos”, Cícera diz isso em relação à predominância de pessoas da classe A na praia. ### TAC proíbe veículos nas praias da Barra O problema do disciplinamento dos veículos na Barra de São Miguel está com os dias contados. Na última sexta-feira (2), um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) foi firmado entre o Ministério Público Estadual e a Prefeitura da Barra de São Miguel, com o intuito de regularizar a situação do trânsito de veículos motorizados na faixa litorânea e a proposta é de ir além, fazendo a proibição total de circulação de veículos na areia. A decisão surgiu da série de reclamações que o Ministério Público recebeu de veranistas, que se sentiam ameaçados pelo fluxo de motos, quadriciclos e buggies na praia. O MP convocou uma reunião com autoridades de trânsito, Corpo de Bombeiros e Capitania dos Portos, a fim de tomar providências. Até que se crie uma lei municipal para resolver de vez a questão no balneário, a Capitania dos Portos vai fazer o trabalho no mar, fiscalizando lanchas e jet skis. ///

Mais matérias
desta edição