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AVIÃO COM DROGA

Família de piloto soube da morte dois dias depois

Parentes acreditavam que ele estava vivo e na África do Sul

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Família de piloto australiano morto em queda de avião em Coruripe só soube da morte dois dias após acidente
Família de piloto australiano morto em queda de avião em Coruripe só soube da morte dois dias após acidente | Foto: — Foto: Reprodução/Facebook

A família do piloto australiano Timothy James Clark, 46, só soube dois dias depois que ele havia morrido na queda de uma aeronave em Coruripe, no Litoral Sul de Alagoas. A notícia não partiu das autoridades brasileiras, mas do jornal britânico Daily Mail, que procurou os parentes para obter informações sobre o caso.

Clark era o único ocupante do avião experimental que caiu por volta das 13h30 do último domingo (14). No local do acidente, foram apreendidos 200 quilos de cocaína em tijolos, além de dois tablets e petiscos australianos.

O pai da vítima, Ray Clark, disse ao Daily Mail que acreditava que o filho morava na África do Sul, a mais de 7 mil quilômetros do Brasil. Conhecido em fóruns online como “The Broker”, apelido ligado ao período em que atuou no mercado financeiro, Clark teve a morte repentina cercada de circunstâncias que deixaram a família em choque.

Segundo a NDTV World, Clark foi piloto da companhia aérea Qantas, onde acumulou mais de 20 anos de experiência. O site News 18 afirma que ele chegou a trabalhar para a SpaceX. Em seu perfil no LinkedIn, ele destacava experiência em operações de jatos corporativos na Austrália, Nova Zelândia e Sudeste Asiático.

Parentes, porém, disseram ao Daily Mail que Clark tinha apenas uma licença de aprendiz para pilotar e que não exercia a profissão. Segundo eles, atuava como investidor da Bolsa. Documentos obtidos pelo jornal britânico também o apontam como empresário, tendo sido diretor e secretário de empresas de investimento na Austrália nas últimas décadas.

Nascido em Melbourne, Clark estudou em uma escola da Igreja Adventista do Sétimo Dia e cursou Finanças na Universidade La Trobe antes de se dedicar à aviação. Em 2015, trabalhou em uma empresa que operava aviões de pequeno porte para King Island, na Tasmânia.

Investigações

A Polícia Federal apura o caso sob suspeita de tráfico internacional de drogas. A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas informou que os destroços do monomotor permanecerão guardados até autorização da Justiça Federal para a destruição.

A queda também será investigada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), especializado nesse tipo de ocorrência.

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