Serviço público
Concurso Nacional reúne mais de 10,5 mil inscritos em Alagoas
Provas objetivas serão aplicadas neste domingo (5), em Maceió e Arapiraca

Repórter
Tatianne Brandão

O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2), organizado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e executado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), terá forte impacto em Alagoas. No estado, 10.511 pessoas confirmaram inscrição para a prova objetiva, que será aplicada neste domingo (5) em dois municípios: Maceió e Arapiraca. O número representa 1,39% do total de inscritos em todo o Brasil, onde o certame alcançou 761.528 confirmações distribuídas em 228 cidades.
Em Alagoas, serão 17 locais de aplicação, com destaque para o Colégio Santa Úrsula, em Maceió, que concentra 1.749 participantes. O bloco temático mais concorrido no estado é o Bloco 9 – Intermediário – Regulação, que reúne 2.572 candidatos. Esse bloco, assim como o Bloco 8 – Intermediário – Saúde, é voltado para vagas de nível médio ou técnico. Já os demais blocos contemplam candidatos com formação superior. Nacionalmente, o Bloco 9 também foi o que recebeu mais inscrições, com 177.598, seguido pelo Bloco 5 – Administração (173.829) e pelo Bloco 1 – Seguridade Social: Saúde e Assistência (127.970).
A diversidade de perfis também marca a participação dos alagoanos. Entre os inscritos no estado, 6.206 (59,04%) são mulheres e 4.302 (40,93%) são homens. O concurso adota políticas de inclusão e ações afirmativas que garantem reserva de vagas para grupos historicamente excluídos. Em Alagoas, foram registradas 2.564 inscrições de pessoas negras, 93 de indígenas, 71 de quilombolas e 367 de pessoas com deficiência. Em todos os casos, o percentual representa cerca de 1,2% a 1,4% do total nacional de inscritos em cada categoria.
O CPNU 2 representa ainda uma oportunidade de ingresso em cargos federais com lotação no Estado. Há vaga específica para Engenheiro Agrônomo no Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), mas a maior parte dos participantes busca oportunidades em âmbito nacional, sobretudo em carreiras intermediárias ligadas às agências reguladoras.
Para viabilizar a aplicação das provas em Alagoas, uma rede de escolas foi preparada, assegurando infraestrutura adequada, acessibilidade e segurança. A execução será acompanhada por fiscais, aplicadores e equipes de apoio, além do monitoramento em tempo real pelo MGI e pela Enap. As forças de segurança do estado também darão suporte logístico no transporte e aplicação dos exames.
As provas acontecem no dia 5 de outubro. Para cargos de nível superior, a aplicação será das 13h às 18h, enquanto para nível intermediário será das 13h às 16h30 (horário de Brasília). Os portões serão fechados às 12h30, no horário local. O cartão de confirmação pode ser acessado no site da FGV (conhecimento.fgv.br/cpnu2), e os candidatos devem apresentar documento oficial original com foto, incluindo versões digitais em aplicativos oficiais como CNH, e-Título e a Carteira de Identidade Digital. Cópias, fotos ou prints não serão aceitos.
No Brasil, o concurso oferecerá 3.652 vagas em 32 órgãos federais, com candidatos oriundos de 4.951 municípios. A lista de convocados para a segunda etapa, que inclui a prova discursiva, será divulgada em 12 de novembro, e o exame está previsto para 7 de dezembro. Já a primeira lista de classificados será publicada em 20 de fevereiro, seguida por três chamadas de confirmação de interesse. A lista final, após as confirmações, sairá em 16 de março.
O CPNU 2 também incorporou ações afirmativas relacionadas à equidade de gênero. O edital prevê que, quando houver desequilíbrio na proporção de mulheres classificadas na primeira fase, será feita uma equiparação, garantindo que pelo menos 50% das vagas da segunda etapa sejam ocupadas por candidatas que tenham alcançado desempenho suficiente. Para a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, a proposta do concurso é tornar o serviço público mais representativo. “Quanto mais diverso forem os servidores e servidoras públicas, mais eles conhecem a nossa realidade, mais eles trazem outras formas de olhar a política pública”, afirmou.