MOSAICO
Operação integrada desarticula grupo criminoso e prende líderes do tráfico
Ação da SSP e do MPAL cumpriu 34 mandados judiciais nas cidades de Maceió, Atalaia, Satuba e Pilar


Uma operação integrada deflagrada ontem pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL) resultou na prisão de quatro suspeitos de integrar organizações criminosas envolvidas com tráfico de drogas, porte ilegal de armas e homicídios na capital e no interior do Estado.
Denominada Mosaico, a ação mobilizou cerca de 140 policiais civis e militares, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), para o cumprimento de 34 mandados judiciais nas cidades de Maceió, Atalaia, Satuba e Pilar. Foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital quatro mandados de prisão, 21 de busca e apreensão e nove medidas cautelares.
As investigações, conduzidas de forma conjunta pelo Gaeco, pela Diretoria de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Dracco) e pelo 12º Batalhão da Polícia Militar, duraram cerca de oito meses e revelaram a atuação de duas organizações criminosas estruturadas, responsáveis por abastecer pontos de venda de drogas em Maceió e Atalaia e por ordenar homicídios ligados à disputa pelo tráfico.
De acordo com o delegado Igor Diego, entre os presos estão dois irmãos, que moravam no Benedito Bentes, em Maceió, e são apontados como líderes do grupo. A dupla recebia drogas de fornecedores e distribuía o material para Atalaia, Pilar e Satuba.
“Foi um golpe importante. Prendemos os indivíduos que mais vendiam drogas em Atalaia. Essa organização recebia entorpecentes e repassava para outros municípios, mantendo uma estrutura bem definida de atuação”, explicou o delegado.
Durante a fase investigativa, policiais da 3ª Companhia de Polícia Militar Independente cumpriram, no dia 24 de setembro, um mandado em Atalaia contra um dos integrantes do grupo. Na ocasião, foram apreendidas duas armas de fogo, munições, drogas e balança de precisão.
Igor Diego destacou ainda que o grupo também é investigado por homicídios praticados para garantir o controle do tráfico.
“Além de prender os principais traficantes de Atalaia, visitamos diversos endereços de pessoas envolvidas em crimes. Continuamos monitorando esses suspeitos para aumentar a sensação de segurança da população”, completou o delegado.
Segundo os investigadores, o nome ‘Mosaico’ simboliza a união das instituições no trabalho articulado para garantir a ordem e a segurança da população.