Réu é condenado a 31 anos por matar sogra e esconder corpo

Leandro dos Santos Araújo, de 23 anos, foi condenado a 31 anos, cinco meses e cinco dias de prisão pelo assassinato da sogra, Flávia dos Santos Carneiro, de 43 anos, ocorrido em março de 2024, no bairro Jacintinho, em Maceió. O julgamento aconteceu ontem, no Fórum da Capital.

Além de Leandro, seu pai, Ademir da Silva Araújo, também estava no banco dos réus. Embora não tenha participado diretamente do homicídio, ele confessou ter ajudado o filho a descartar a geladeira onde o corpo da vítima foi mantido por quatro dias antes de ser abandonado em uma área de vegetação em Guaxuma. Apesar da confissão, Ademir foi absolvido.

O promotor de Justiça Marcus Mousinho, da 49ª Promotoria da Capital, apresentou a acusação de homicídio triplamente qualificado — por motivo fútil, meio cruel e feminicídio —, além de ocultação de cadáver. Leandro estava preso preventivamente desde março de 2024.

As investigações apontam que Flávia tentou se defender, mas não resistiu às 20 facadas. A motivação do crime teria sido o fato de a vítima não aceitar o relacionamento do réu com sua filha.

O CRIME

O assassinato ocorreu na casa de Flávia, no Jacintinho, após uma discussão entre ela, o réu e a filha, de 13 anos, por causa de uma mudança. De acordo com os relatos, a vítima levou uma pancada na cabeça e, em seguida, foi esfaqueada até a morte. Depois do crime, Leandro e a adolescente — responsabilizada por ocultação de cadáver — fugiram para uma residência no bairro Benedito Bentes, onde passaram a noite.

A trama foi descoberta depois que um homem contratado para fazer um frete — a pedido de Ademir, pai do réu — desconfiou da geladeira lacrada com fita adesiva que foi levada a uma área de mata, no bairro Guaxuma, Litoral Norte de Maceió, e acionou a polícia. O corpo foi encontrado quatro dias depois, amarrado dentro do eletrodoméstico.