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INVESTIGAÇÃO

Funcionários de clínica são afastados após denúncia de agressão a criança autista

OAB e Polícia Civil investigam o caso após câmeras flagrarem suposta agressão

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Mãe da criança foi recebida na OAB/AL
Mãe da criança foi recebida na OAB/AL | Foto: Divulgação

Uma grave denúncia de agressão contra uma criança autista de 7 anos chegou à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL), à Polícia Civil de Alagoas e culminou com o afastamento de quatro funcionários de uma clínica terapêutica, em Maceió. O caso aconteceu no último dia 17 de setembro e foi registrado pelas câmeras do estabelecimento.

O menino, segundo informações de parentes da vítima, teria sido agredido por uma terapeuta ocupacional, dentro de uma clínica particular onde ele era acompanhado. “As investigações estão a cargo da delegada Talita (Aquino), a família já foi ouvida, estamos aguardando a oitiva da ré e o Ministério Público já se manifestou pela produção mais célere da prova”, informou o advogado da família Marcelo Madeiro.

O garoto, que é diagnosticado com autismo suporte 2, passou a ter pesadelos e apresentou regressão na escola. “Temos laudos de que houve uma regressão (no tratamento do garoto), então atualmente está em fase de readaptação”, explica o advogado.

Na última sexta-feira (31), o presidente da OAB/AL Vagner Paes recebeu a mãe da criança e o advogado que acompanha o caso. O menino contou que a ‘tia’ que o atendeu às 15h havia sido má com ele. “Eu perguntei como foi e ele disse que ela puxou os cabelos dele diversas vezes e que ele tinha chorado muito”, afirmou.

No dia 19, a mãe do garoto foi chamada para, acompanhada de uma psicóloga, assistir a um vídeo com duração de 6 minutos no qual a terapeuta puxava os cabelos do filho dela.

“Ele tentava sair e ela puxava de um lado, soltava e puxava do outro. Foram vários puxões. Ele gritava me socorre, me ajuda”, falou a mãe, que disse ter ouvido os gritos no dia em que o caso ocorreu, mas a recepcionista foi lá e a informação da terapeuta foi que o menino havia puxado os cabelos dela, mas que já estava tudo resolvido.

Segundo a OAB, a mãe da criança denunciou o caso ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito) e fez o registro de um Boletim de Ocorrência junto à Polícia Civil. “A OAB dará o apoio necessário a família acompanhando de perto na delegacia responsável a apuração dos fatos. Já foi oficiado também ao Ministério Público que já fez um pedido de produção antecipada de provas à 14ª Vara da Capital”, explica a advogada Olivia Brito, da Comissão de Defesa das Pessoas com Deficiência da OAB/AL.

Também foi preciso traçar outro plano terapêutico com o objetivo de restaurar o vínculo dele com a clínica – onde ele é acompanhado há quase três anos – e os terapeutas, de forma que ele possa se sentir confiante e voltar a aceitar a terapia. As imagens que comprovam a agressão sofrida pela criança já foram encaminhadas para a delegada que investiga o caso.

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