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ARAPIRACA

PM é preso suspeito de matar enfermeiro por suposta traição da esposa

Ítalo Fernando de Melo, de 33 anos, foi assassinado com sete tiros dentro de motel

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Soldado Weliton Miguel Santos é suspeito de matar enfermeiro Ítalo Fernando
Soldado Weliton Miguel Santos é suspeito de matar enfermeiro Ítalo Fernando | Foto: Reprodução

A Justiça alagoana decidiu ontem manter a prisão do soldado da Polícia Militar de Alagoas Weliton Miguel Santos, suspeito de invadir um motel e assassinar a tiros o enfermeiro Ítalo Fernando de Melo, de 33 anos, em Arapiraca, no Agreste de Alagoas. O crime aconteceu na madrugada desse domingo (14), no bairro Canaã, e tem como possível motivação uma suposta traição conjugal.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o militar teria rastreado clandestinamente o carro da esposa com um dispositivo GPS, descobrindo que ela estava no motel com a vítima.

Imagens do sistema de segurança do local mostram o momento em que o carro da mulher entra no estabelecimento às 21h24 de sábado (13). Às 00h57, uma motocicleta chega ao local; o condutor, de capacete, circula pelas garagens e, às 1h04, invade uma delas. Pouco depois, o veículo da mulher deixa o motel.

Ítalo foi atingido por sete tiros e morreu no local. Natural de Batalha (AL), ele trabalhava em hospitais e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Arapiraca. A esposa do policial, que também atua na UPA, estava de plantão na noite anterior ao crime.

Depoimentos

Preso em flagrante, o soldado permaneceu em silêncio durante o depoimento. Já a esposa, Jessica Lima Cavalcante, de 30 anos, confirmou que estava com Ítalo no quarto do motel quando um homem de capacete entrou e atirou. Ela afirmou não ter reconhecido o autor dos disparos e negou que fosse o marido.

A investigação aponta que tanto o carro usado pela mulher quanto a motocicleta vista nas imagens pertencem ao casal. Além disso, um projétil recolhido no local tem a mesma numeração da munição encontrada com o policial, segundo o auto de prisão em flagrante. O material será periciado.

Jessica relatou que dormiu no quarto e acordou com os tiros. Disse ter visto um homem de capacete atirando contra Ítalo e que ouviu o agressor afirmar que “não era nada com ela”. Após o crime, ela acionou a recepção do motel e deixou o local em seu carro, que está sob custódia do advogado.

A mulher afirmou desconhecer o rastreador no veículo e disse ter “plena certeza” de que o marido não foi o autor do crime, alegando que o conhece há 15 anos e o reconheceria facilmente.

Enterro

O corpo de Ítalo foi velado em um ginásio de esportes em Batalha, com a presença de familiares, amigos e colegas de trabalho. Após o velório, o corpo seguiu em cortejo pelas principais ruas da cidade.

O caixão foi transportado em um carro de funerária e acompanhado por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O sepultamento foi no Cemitério Municipal São Francisco de Assis.

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