Cidades
Cachalote � enterrada em Riacho Doce

A baleia da espécie Cachalote, com mais de 10 metros de comprimento, encontrada morta, nesta semana, na Praia de Riacho Doce, foi enterrada, na tarde deste sábado, naquela praia, por técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Ibama e Secretaria do Meio Ambiente. A retirada do mamífero das águas até a cavidade na areia durou das 14 às 20 horas, atraindo diversos moradores e banhistas, que aproveitaram para retirar os dentes da baleia para guardar como recordação. Conforme informou Caroline Alvite, coordenadora do Centro de Mamíferos Aquáticos do Ibama, após alguns dias de enterrado o mamífero, os técnicos vão fazer a recuperação de seu esqueleto para exposição. Até o momento não definimos o local onde será exposto o esqueleto de um mamífero aquático que há anos não surge no Estado, acentuou. A coordenadora lembrou que outra baleia da mesma espécie, e também em estado de decomposição, surgiu em outubro de 98 na Praia do Francês. Até o momento, não sabemos de onde surgiu e a causa da morte da baleia, em virtude de seu adiantado estado de decomposição, acentuou, acrescentando que o mamífero apresentava marcas de mordidas na cauda. Segundo Caroline, espécies dessa natureza surgem em oceanos de todo o mundo, exceto na região dos polares. Em relação ao Brasil, afirma, as baleias Cachalote costumam aparecer do Rio Grande do Sul até a Região Nordeste. As informações referentes ao mamífero serão cadastradas no banco de dados da Rede de Encalhe de Mamíferos Aquáticos do Nordeste (Remane), do Centro de Mamíferos Aquáticos de Alagoas. Os dados serão usados para vários trabalhos, inclusive pesquisas.