Cláudio Humberto
Confira os destaques da política nacional #CH24042020
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PODER SEM PUDOR: Sem lugar para ladrões
José Calixto, primo de Leonel Brizola, fundou no noroeste do Rio Grande do Sul, em 1961, o Movimento dos Sem Terra. Ao saber que os militares não queriam a posse de João Goulart, com a renúncia de Jânio Quadros, ele reuniu cinco mil homens e marchou para Porto Alegre. No meio do caminho, com dificuldades para alimentá-los, disse em voz alta: “Vou dar uma chance de vocês roubarem um pouco. Quem quiser roubar, dê um passo à frente.” Apresentou-se uma centena de manifestantes dispostos a “roubar”. “Eu só queria saber quem eram os ladrões. Quem deu um passo à frente, fora da tropa! Ladrão não luta pela Pátria!” E seguiu viagem.
Sem Brasileirão, chute político ‘demite’ Moro
O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO) encontrou paciência e bom humor para reagir à “fake news” desta quinta-feira (23) sobre o “pedido de demissão” do ministro Sérgio Moro (Justiça) que não houve: “Com o Brasileirão suspenso, a nova modalidade é o chute político”, disse ele a esta coluna. O senador se refere à 15ª “demissão” de Moro noticiada pela imprensa em 16 meses no cargo.
‘Desgaste’ é fantasia
O governo completa 16 meses em abril e a demissão fake de ontem foi a 15ª vez que a imprensa “demitiu” o ex-juiz da Lava Jato.
É torcida?
Moro foi “demitido”, segundo o noticiário, após o caso Queiroz, a saída de Ilana Szabó, a mudança do Coaf, vazamento de MP...
Ou é malícia?
O ministro também foi “demitido” na lorota de “indicado ao STF”, após a “vazajato” com mensagens roubadas de celulares e etc.
Teoria da conspiração
Acreditam no Planalto que notícias periódicas sobre “demissão” de Moro são truques para ganhar dinheiro na queda da Bolsa e na alta do dólar.
Governador colapsado só tem dinheiro para amigos
Responsável pelo descalabro administrativo que levou a saúde pública do Amazonas à situação de colapso, o governador Wilson Lima alegou que não havia dinheiro para comprar equipamentos de proteção para o pessoal de saúde e nem para pagar em dia salários de médicos etc., mas fechou contratos milionários com empresas de deputados que o protegem de impeachment e ouras sanções. Só uma delas, pertencente ao deputado aliado Roberto Cidade (PV), já recebeu R$28,8 milhões.
Transporte zero
Está no Portal da Transparência: o Amazonas paga R$9,6 milhões à empresa do deputado transportando alunos de escolas... fechadas.
Milhões no bolso
Em outro contrato, a felizarda empresa do deputado aluga 141 carros ao governo do Amazonas, recebendo por isso R$5,1 milhões.
Perdido na floresta
A irresponsabilidade mais recente do governo do Amazonas foi recusar a intervenção federal na Saúde oferecida pelo presidente Bolsonaro.
Surge mais um cartório
Ao invés de proteção, os farmacêuticos vão ter que pôr a mão no bolso, para alegria dos oportunistas de sempre. A autarquia Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), ligada a empresas certificadoras, se uniu ao enrolado presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter João, e criou o cartório “portal de validação de prescrições eletrônicas”.
Alô, polícia
A malandragem do “portal de validação de prescrições eletrônicas” consiste em empurrar para os profissionais de saúde a obrigação, desnecessária, de terem que comprar certificado digital.
José Sarney, 90
O presidente José Sarney completa 90 anos nesta sexta (24), cumprindo a quarentena ao lado de d. Marly em casa, em Brasília. Recebe apenas o filho Zequinha, a nora Camila e o neto João, que moram ao lado. Fez uma reflexão sobre a idade em artigo, hoje, para o site Diário do Poder.
Pequena bronca
Na reunião ministerial de quarta (22), Bolsonaro estava irritado. Cobrou de Sérgio Moro presença ativa nas ações contra o Covid19 e uma atitude mais firme contra a soltura em massa de bandidos a pretexto da doença.
OAB-DF acabou no Irajá
A OAB-DF tem ideia fixa. Após se juntar a criminalistas derrotados na Justiça e usar o coronavírus para tentar abrir as portas da Papuda, agora exige material de proteção para os presos. Já para suas vítimas...
Quem decretou primeiro
A paternidade da primeira quarentena foi reivindicada pelo prefeito de BH, Alexandre Kalil, e agora pelo governador paulista João Doria. Lorota. Quem fez primeiro, bem antes, foi o governador do DF, Ibaneis Rocha.
Chance à ciência
O infectologista David Uip não foi o único doente de Covid19 a esconder que se curou com cloroquina. É hora de todos, sobretudo médicos, abandonarem o preconceito, até ideológico, para dar chance à ciência.
Mais impactadas
Levantamento Yubb mostrou que quatro das cinco empresas que mais sofreram perdas, 65% em média, com a pandemia da Covid-19 estão envolvidas com o turismo. A campeã de perdas foi a Azul, com 71,95%.
Pensando bem...
...”demitido” tantas vezes pela imprensa, Sergio Moro já pode cobrar seguro desemprego na redação dos jornais.
