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Cláudio Humberto

Confira os destaques da política nacional #CH06052020

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Promovido com orgulho

O destemido jornalista Paulo Silveira, ex-Última Hora, era diretor-geral da Assembléia Legislativa do Rio quando, em Brasília, Ernesto Geisel demitia o ministro do Exército, Sílvio Frota. O general saiu atirando, num manifesto em que dizia estar o governo “infestado de comunistas”. Naquele dia Paulo recebeu uma ligação do irmão Joel Silveira, outro patrimônio da imprensa brasileira: “Aí, hein, foi promovido!” Paulo se espantou: “Promovido a quê?” Joel arrematou: “À História. Você está na lista do Silvio Frota, como ‘subversivo’.”

Iniciativas da PGR podem encurralar Sergio Moro

Após o depoimento à Polícia Federal, considerado pífio, sem produzir provas de supostas malfeitorias do presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro Sergio Moro certamente já percebe que a vida não lhe será fácil, como indica a lista de autoridades que serão ouvidas no inquérito. Todas devem apoiar a versão do presidente nesse caso, o que pode deixar Moro perto da acusação de denunciação caluniosa, um dos crimes cuja investigação foi solicitada pela Procuradoria Geral da República (PGR).

Trunfo importante

O próprio depoimento de Moro é um dos trunfos de Bolsonaro: nele, o ex-juiz da Lava Jato não conseguiu atribuir crimes ao presidente.

Alta credibilidade

A pedido da PGR, a PF ouvirá três ministros de alta credibilidade: Braga Netto, Augusto Heleno, e Luiz Eduardo Ramos, ligados a Bolsonaro.

Testemunha leal

Outra testemunha a ser ouvida é a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), cuja lealdade a Bolsonaro é inquestionável. Vai falar bem do presidente.

Não vai deixar barato

À PF, Carla Zambelli também não deixará de falar mal de Moro, padrinho do seu casamento, como tem feito em sucessivas entrevistas.

Depoimento de Moro: a montanha pariu um rato

O semblante descontraído do presidente Jair Bolsonaro mal escondia seu alívio, ao retornar no fim da tarde à residência oficial do Palácio Alvorada, após tomar conhecimento de tudo o que o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro afirmou à Polícia Federal. A leitura das declarações do ex-juiz da Lava Jato mostrou que, afinal, a montanha pariu um rato. Nem o próprio Moro foi capaz de atribuir fato criminoso ao presidente.

Cargos são do presidente

É risível chamar de “interferência” na PF a decisão de trocar o diretor ou dois superintendentes, titulares de cargos de confiança... do presidente.

Ele não precisa explicar

O ex-ministro diz que pediu as razões para substituições na PF. Cargos são de livre provimento: o presidente não precisa explicar suas escolhas.

Para fazer média, é ótimo

Moro disse que agiu para “preservar a autonomia” da PF. Isso soa como música na PF, mas não está na lei. É ainda um sonho na corporação.

Virou pessoal

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, parece haver tornado pessoal sua briga com o presidente da República, a quem pediu explicações sobre a recondução de Alexandre Ramagem à direção geral da Abin.

Não dá uma xícara de café

O ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr. leu atentamente o depoimento do ex-ministro Sergio Moro. “Se verdadeiro confesso que espremendo muito não da uma xícara de café,” disse.

Acusação marota

Moro diz não ter assinado a demissão do ex-diretor da PF, como saiu no Diário Oficial, mas não reclamou de centenas de atos semelhantes, nos 14 meses como ministro. Não é falsidade ideológica, é a velha prática da “referenda”: todo ato do presidente pertinente a um ministério sai com o nome do respectivo ministro, que quase nunca é consultado.

Mensagens selecionadas

O ex-ministro da Justiça fez algo que o ex-juiz Sérgio Moro não aceitaria: liberou para a PF apenas troca de mensagens com o presidente, mantendo as demais preservadas “por questão de privacidade”. Humm...

Teich já agrada

Segundo o Paraná Pesquisa, apesar de 61% acharem que Jair Bolsonaro errou ao demitir Luiz Mandetta do Ministério da Saúde, 49,1% acham que o substituto Nelson Teich está “indo bem”.

Respeitem o Brito

Alvo de agressões de manifestantes domingo, o jornalista Orlando Brito, que fotografa presidentes desde Castelo Branco, aceitou convite ontem para almoçar com Bolsonaro. Aceitou o convite para ouvir o presidente, por isso sofre bullying de um bando de vagabundos intolerantes.

Nome técnico

Assim como Alexandre Ramagem, a federação dos policiais federais elogiou Rolando Souza para a diretoria-geral. “É um nome técnico e preparado para assumir a missão em um momento de muitos desafios”.

Pedido de desculpas

Em depoimento, Moro parecia alguém tentando consertar uma pisada de bola. Por quatro vezes repetiu que o presidente Bolsonaro “nunca” pediu relatório ou informação de qualquer tipo sobre investigações da PF.

Pensando bem...

...como político, Moro se mostrou um excelente juiz.

RICARDO CÉSAR CAVALCANTI, diretor presidente do Hospital do Coração, com trabalho reconhecido na área da saúde em Alagoas
RICARDO CÉSAR CAVALCANTI, diretor presidente do Hospital do Coração, com trabalho reconhecido na área da saúde em Alagoas | Foto: Divulgação

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