Confira os destaques da política nacional #CH08072020
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Por Cláudio Humberto | Edição do dia 08/07/2020 - Matéria atualizada em 08/07/2020 às 06h00
PODER SEM PUDOR: Loucura como herança
Grande contador de “causos”, o escritor e ex-ministro Ronaldo Costa Couto escreveu as orelhas do livro de Vera Brant, “JK: O reencontro com Brasília” (Record, Rio, 2002, 94 pp.). Após lembrar que Brant em Minas não fica doido, piora, Costa Couto contou que certa vez, em 1973, Juscelino Kubitscheck foi conhecer o apartamento da amiga, em Brasília, e se deparou com um belo carrilhão na sala. “Herança do seu avô português, Vera?” perguntou o ex-presidente. Ela respondeu na bucha: “Não. Da minha família, só herdei a loucura. O resto eu mesma comprei.”
Wi-Fi no avião presidencial custará R$2,3 milhões
O presidente da República, Jair Bolsonaro, que é “fissurado” em redes sociais, será o principal usuário dos serviços de In-Flight Connectivity (IFC) ao custo de R$2,3 milhões anuais para garantir acesso à internet nos aviões presidenciais durante o voo. Licitação da Presidência prevê utilização de conexão via satélite Não-Geostacionário com franquia de 45GB mensais para ligações, áudio e videoconferências, streaming de áudio e vídeo, além de dados meteorológicos e, claro, redes sociais.
Muito por pouco
Para o cálculo do valor, foram considerados parâmetros de uso, mas se 45GB não forem suficientes, o contrato prevê adicionais de 22,5GB.
Último contrato
Sistema e valor são os mesmos contratados pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2015, cujo serviço poderia ser renovado por cinco anos.
Para já
A abertura das propostas está prevista para a próxima segunda (13) e a atualização do IFC nos três aviões presidenciais até a metade de agosto.
Caiu o sinal
Questionada sobre a real necessidade de manter o serviço e com 45GB de franquia de dados, a Secretaria-Geral da Presidência não respondeu.
Candidatos ao MEC têm até esquema de campanha
A demora na escolha acabou transformando o Ministério da Educação em objeto de disputa política e até de egos. Há nomes que aparecem em lista de ministeriáveis só porque têm patente militar, outros são lançados por parlamentares governistas em busca de ampliar a influência, há os políticos que se colocam mesmo sem chance, só para fazer boa figura no eleitorado. Tem os vaidosos que tentam sair do ostracismo com ajuda de marqueteiros ou com o suporte de empresa de assessoria de imprensa.
Massageando ego
A It Press, conceituada empresa de comunicação, por exemplo, tenta emplacar na mídia elogios a Ricardo Caldas, ativo candidato a ministro.
Saída honrosa
O Major Victor Hugo (GO) apareceu candidato como se buscasse uma “saída honrosa” da Liderança do Governo na Câmara. Não deu certo.
Vale-tudo pelo cargo
Elogios de ativistas ou políticos bolsonaristas podem ajudar, são usados também para “queimar” candidaturas. É o vale-tudo pelo MEC.
Esfolando sem dó
A “agência reguladora” Aneel é uma gracinha para empresas de energia: em plena pandemia, autorizou reajuste médio de 4,23% para 7 milhões de consumidores nos 24 municípios da grande São Paulo. Vergonha.
Cascateiros
O Imperial College de Londres, fonte frequente do “jornalismo de funerária” em voga no Brasil, previu 500.000 mortes por covid-19 no Reino Unido, onde os óbitos, até ontem, somavam 44.392.
65,7% curados
Segundo monitoramento do Bing, o Brasil é o único a superar 1 milhão de curados da covid-19: foram 1.072.229 (66,7%) do total de 1,6 milhão. Nos EUA, são 3,028 milhões de casos e 908 mil recuperados (30%).
Pernas curtas
Bolsonaro é tratado por ministros do STF e opositores quase como “inventor” dos “disparos massa”. Mas o Whatsapp revelou ontem que essa é uma prática do PT, e até cancelou nove contas do partido.
Iniciativa verde
O Partido Verde lançou o Observatório de Políticas Ambientais (OPA) iniciativa que acompanha a pauta ambiental e subsidia parlamentares do partido com informações para projetos, requerimentos etc.
Redação do ódio
As mesmas redações que exploram o tal “gabinete do ódio” para ganhar cliques, divulgam abertamente em textos assinados a torcida pela morte do presidente Bolsonaro, dizendo que isso seria um “serviço” ao país.
Chefe de Estado é a rainha
Correspondentes no Reino Unido repetiram ontem que Jair Bolsonaro é o segundo “chefe de Estado” a contrair covid, depois de Boris Johnson. Moram lá e ainda não sabem que premier é chefe de governo.
Apenas um chute
Segundo a Associação Paulista de Medicina, 89% dos médicos veem a “segunda onda da Covid à porta”. Mas a mesma pesquisa revela que 72% dos entrevistados admitem não ter “conhecimento aprofundado”.
Pensando bem...
... mais vale um positivo no exame, que um negativo no currículo.