Confira os destaques da política nacional #CH28102020
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Por Cláudio Humberto | Edição do dia 28/10/2020 - Matéria atualizada em 28/10/2020 às 04h00
PODER SEM PUDOR: Cara-de-pau à mineira
O general Costa e Silva foi fulminado por uma trombose, em agosto de 1969, e os militares ficaram inquietos: não queriam empossar o vice civil, Pedro Aleixo. Outro mineiro ilustre, José Maria Alkmin, telefonou ao vice: “É preciso resistir. Volte para Minas e vamos organizar um contragolpe.” Não adiantou: Aleixo não tomou posse. Tempos depois, Alkmin foi procurado pelo general Sizeno Sarmento, comandante do II Exército, com a gravação do telefonema a Aleixo. Alkmin não perdeu a naturalidade: “Esse (Renato) Azeredo (deputado do PSD, como ele) é terrível! Sabia que imitava minha voz com perfeição, mas desta vez ele foi muito longe!”
Belo gesto
O Instituto Dom Luciano Mendes de Almeida, fundado e presidido pelo advogado Décio Freire, muito amigo do ex-arcebispo de Mariana, já doou mais de 20 mil máscaras a vulneráveis, incluindo refugiados haitianos.
Força, França
A França registrou mais casos de coronavírus que o Brasil pelo terceiro dia consecutivo. A segunda onda segue piorando por lá e o país, que tem menos de um terço da nossa população também teve mais mortes.
Boa notícia
Nesta semana o número de casos recuperados do Covid vai ultrapassar a marca de 5 milhões, no Brasil. Os casos ativos do novo coronavírus no Brasil estão em queda desde o pico, em agosto.
Maia manobra orçamento para tentar se reeleger
A ambição de Rodrigo Maia, que tenta dar a volta à Constituição para se reeleger presidente da Câmara, atrasou a análise de reformas e levou ao impasse que travou a aprovação do orçamento. A ideia agora é votar até 17 de dezembro a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o que devia ter sido feito no primeiro semestre, mas o Orçamento deve ficar para depois da eleição do substituto, em fevereiro. A jogada é provocar a convocação de sessões em janeiro, quando espera aprovar a PEC de sua reeleição.
Até a última ponta
A rigor, a presidência de Maia acaba no início do recesso, mas atrasar votações importantes é estratégia para manter viva a PEC da reeleição.
Jogo sujo
Maia acusa o governo de fazer obstrução, mas impediu a comissão mista de orçamento de ser presidida por uma deputada, Flávia Arruda (PP-DF).
Estratégia velha
Sem ter como justificar ausência de deputados federais por causa das eleições municipais, Maia criou recesso branco e “esforço concentrado”.
Quem cala
A coluna questionou o presidente da Câmara sobre o atraso na votação do orçamento, através da assessoria. Outra vez ele optou pelo silêncio.
Factoide salvador
O presidente mala da Câmara, Rodrigo Maia, acionou sua metralhadora giratória contra o governo Bolsonaro, nesta terça (27), para não ter que explicar o adiamento da reunião da mesa diretora que definiria o início do processo de cassação da deputada Flordelis. Como ele, do Rio.
Estratégia é esquecer
É ano eleitoral e o aniversário do petista Lula não foi lembrado pela candidata do PCdoB à prefeitura de Porto Alegre, Manuela D’Ávila, e seu vice (do PT), Miguel Rossetto. Aliás, mal lembram da cor vermelha.
DEM e PT, tudo a ver
Rodrigo Maia pediu a palavra durante a fala da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para parabenizar Lula, duas vezes condenado por corrupção e réu no quarto processo. Até “deixou um abraço” para o petista.
Índios venezuelanos ‘tomam’ área nobre de Brasília
Dezenas de índios venezuelanos são a nova dor de cabeça do governo do Distrito Federal. “Refugiados”, eles acamparam próximos à rodoviária interestadual e dali não saem, nem ninguém tira. São da etnia warao e se caracterizam pela mendicância: como em Roraima, primeira parada, mulheres e crianças pedem esmolas e homens “descansam”. Recusaram empregos e área oferecida pelo governo na cidade de São Sebastião: exigem ficar onde estão, no valorizado Plano Piloto de Brasília.
Sem comunicação
A negociação com os índios é difícil porque alegam não falar português e nem espanhol, apenas se comunicam usando um dialeto próprio.
Chegando mais
Até o fim da semana passada eram 48 no total, mas outros chegaram a Brasília nos últimos dias, aumentando o acampamento e o problema.
Nem pensar em fila
Os índios querem furar a fila de 110 mil trabalhadores do DF à espera de casa própria, popular, mas em área nobre da capital.
Tudo dominado
Juiz de Araraquara ignorou 133kg de maconha apreendidos em um carro e soltou os três traficantes presos em flagrante, pela Polícia Rodoviária Federal, alegando que faltou mandado de busca.
Insatisfação estadual
Pesquisa CNT/MDA aponta que, ao contrário de Bolsonaro, que subiu, as avaliações positivas de governadores caíram entre maio e outubro. A soma de bom e ótimo deles desabou em média de 41,3% para 32%.
Pensando bem...
...depois de Amazônia e Pantanal, Bolsonaro, para a oposição, já é o principal suspeito pelo incêndio no hospital do Rio.