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Nº 5595
Cláudio Humberto

Confira os destaques da política nacional #CH14072022

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Por Claudio Humberto | Edição do dia 14/07/2022 - Matéria atualizada em 14/07/2022 às 04h00

 

Foto: : Divulgação
 PODER SEM PUDOR: Garantia de procedência

O ex-ministro Ronaldo Costa Couto relata no notável “Brasília Kubitscheck de Oliveira” (Record, RJ, 399 págs, R$ 26) histórias saborosas. Nos anos escuros do regime militar, Frei Mateus Rocha, antigo vice-reitor da Universidade de Brasília, procurou a escritora Vera Brant com uma carta de Darcy Ribeiro. Estava encantado com “a maravilha” postada do exílio chileno, “carta linda, erudita, inteligentíssima!” Vera era uma das poucas pessoas que decifravam a letra horrorosa de Darcy. Frei Mateus suplicou: “A senhora poderia lê-la em voz alta?” Ela respondeu, sempre direta: “Claro que posso. Mas pra quê?” Frei Mateus entregou os pontos: “Já tentei várias vezes e não entendi nada...”


Aprovação da PEC é vitória expressiva na Câmara

A votação de 469 votos favoráveis à PEC dos Benefícios, que vai estender auxílios à camada mais pobre do país e criar vales para setores atingidos pela disparada nos combustíveis, é vitória expressiva para o governo Bolsonaro e também para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que, com a atuação fundamental, conseguiu para a PEC apoio maior que o impeachment de Dilma e até que a proposta (muito popular) de tornar obrigatório o pagamento das emendas dos parlamentares.


Ainda passaria

Só 14 deputados votaram contra a PEC dos benefícios. Segundo o deputado Eder Mauro, toda a oposição poderia ter votado contra.


Vs. Dilma

Em 2016, no impeachment da petista Dilma Rousseff, “apenas” 367 deputados federais votaram por cassar o mandato da então presidente.


Acesso fácil

Em 2019, sob Rodrigo Maia, 448 deputados votaram a favor da PEC do orçamento impositivo que, na prática, facilita o acesso a verbas públicas.


Há três anos

No segundo turno, em 2019, Maia conseguiu que 453 deputados votassem a favor. Apenas seis votaram contra.


Congresso aquece motores para ritmo de eleição

Após duas semanas de votações intensas, incluindo a PEC dos benefícios, lei de diretrizes orçamentárias, entre outros projetos, o Congresso terá duas semanas de recesso. A lei determina que a folga do meio do ano comece dia 17, mas, na prática, as férias deste ano também sinalizam o início não-oficial da campanha eleitoral. O retorno ao trabalho está previsto para 1º de agosto, mas o ritmo será baixo até outubro.


Inédito

Até a eleição, Câmara e Senado vão realizar “esforços concentrados”, quando o parlamentar trabalha quatro ou cinco dias seguidos.


Mudança na legislação

A curta campanha de um mês e meio em agosto e setembro transformou o recesso parlamentar de julho no pré-aquecimento eleitoral oficial.


Tempo curto

Segundo o calendário da Justiça Eleitoral, as campanhas são liberadas apenas a partir de 15 de agosto. São cerca de 45 dias até o 1º turno.


Ausência gritante

Entre as muitas “inverdades”, o pré-candidato do PT Lula fez apelo honesto a seus apoiadores no primeiro discurso de campanha que proferiu em Brasília, ontem (13): “nós temos que nos multiplicar na rua”.


É investigado

A “falha” nos dois sistemas de votação da Câmara durante o primeiro turno da PEC foi grave: derrubou o sistema interno, o site da Câmara e até o aplicativo InfoLeg, que mantém informações em tempo real.


Gostinho do que vem

O Ministério Público Eleitoral ajuizou, apenas no Piauí, 78 ações pela suspensão de diretórios regionais de partidos políticos que tiveram as contas (financeiras ou de campanha) julgadas como não prestadas.


Briga é por holofote

Sem coragem para votar contra a PEC dos Benefícios, o PT aproveitou para ficar no discurso. Chegou a até sabotar o regimento interno com a inscrição de fala de petistas entre os deputados que apoiariam a PEC.


STF americano

Pesquisa Gallup, que avalia a crença nas instituições nos EUA, aponta que a Suprema Corte de lá está no menor nível de confiança desde 1973: inéditos 30% confiam “muito pouco” nos magistrados.


Lá é o calor

Incêndios florestais na Europa em países como Itália, Portugal, Espanha, Grécia etc. são chamadas de ‘sazonais’ nas manchetes (lá e cá), e culpa da “onda de calor”. No Brasil, não deve existir temporada, nem calor.


Comandante da vitória

Tem nome e sobrenome aquele que pegou o touro a unha e levou a Câmara dos Deputados a uma das votações mais expressivas da História, aprovando a PEC por 469 a 17: seu presidente, Arthur Lira.


Articulação complicada

Apesar de ter confirmado que agora é pré-candidato a senador no Paraná, Sergio Moro (UB) ainda corre risco de ficar de fora da disputa eleitoral. E este ano já foi pré-candidato a dois cargos diferentes.


Pensando bem...

...Poderes “independentes e harmônicos” não deveria ser mera sugestão.

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