Confira os destaques da política nacional #CH05022025
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Por Claudio Humberto | Edição do dia 05/02/2025 - Matéria atualizada em 05/02/2025 às 04h00



Logo após a audiência em que Itamar Franco lhe pediu o cargo de embaixador em Buenos Aires, Lula ouviu a ponderação de um assessor:
— Mas ele merece uma embaixada de maior importância, como a da China…
O presidente, em seu primeiro mandato, ficou surpreso:
— China?
O assessor, que contou a história a esta coluna, completou:
— Seria uma maravilha! Por causa do fuso horário, enquanto a gente trabalha, ele estaria dormindo! E quando ele telefonasse, o senhor é quem estaria dormindo!
Lula gargalhou longamente e, por uns dez minutos, sempre que se lembrava da frase, caía na risada outra vez.
‘Fantasmas’ de Alcolumbre recebem Bolsa Família
Ex-funcionárias de Davi Alcolumbre (União-AP), apontadas pela revista Veja como partícipes de um esquema de rachadinha no gabinete do atual presidente do Senado, estão cadastradas no Bolsa Família. Das seis citadas — mulheres pobres que emprestaram nome e CPF ao suposto esquema — quatro são beneficiárias do programa. Marina Ramos chegou a “ganhar” R$ 14,7 mil, ficava com R$ 1.350 como fantasma e devolvia o restante, confirmou ela à época. No programa social, recebeu R$ 1.302 em novembro, conforme a última atualização disponível no Portal da Transparência.
Uma merreca
Lilian Alves tinha o segundo maior salário: R$ 8,3 mil. Ficava com R$ 800. Também está no Bolsa Família, cujo último pagamento foi de R$ 425.
Fantasma pago
Jessyca Priscylla é outra que foi apontada como fantasma do gabinete. Ganhava R$ 5,7 mil, mas ficava com R$ 800. No Bolsa Família, recebe R$ 1.202.
Rende mais
Adriana Souza ficava com R$ 800 dos R$ 4 mil de salário, segundo a denúncia. No Bolsa Família, ganha mais do que no suposto esquema: R$ 1.002.
Esquema milionário
A rachadinha teria movimentado mais de R$ 2 milhões entre janeiro de 2016 e março de 2021, quando foi denunciada. Até hoje, nada aconteceu.
Banca contra acordo de Mariana enfrenta crise
Após o próprio fundador Harris Pogust abandonar o escritório, dois executivos deixaram o britânico PG Law em dois meses: Jordan Lee, diretor de estratégia, e Ana Carolina Salomão, diretora de investimentos. As saídas reforçam o encolhimento do PG, a medida que se aproxima a data de adesão das vítimas de Mariana ao acordo de R$ 132 bilhões com a BHP e a Vale, avalizado pelas autoridades brasileiras. O PG insiste em manter outra ação em Londres, na expectativa de garantir uma fatia pelo “sucesso”.
Demissões em série
A crise no escritório londrino parece ainda mais séria: em dezembro passado, o PG demitiu 20% de seus funcionários.
Sem pagar bônus
Além das demissões, o escritório cancelou o pagamento de bônus milionários, gerando grande apreensão.
Corte no aluguel
Para deixar claro que a crise é real, o PG também mudou sua sede para um local bem mais modesto, com aluguel quase 20% menor.
Recuo positivo
Diante da repercussão negativa do veto de Lula à isenção dos fundos imobiliários na reforma tributária, Fernando Haddad pediu ajuda ao deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) — especialista no tema — para encontrar uma solução que acalme mais de 2,7 milhões de investidores, quase todos trabalhadores.
Xarope de chuchu
O governo quer usar Geraldo Alckmin (PSB) como alavanca para a popularidade de Lula. Monitoramento interno aponta que o desgaste da imagem do petista ainda não afetou o vice-presidente.
‘Horripilante’
O ex-procurador Deltan Dallagnol classificou como “horripilante” a referência da Folha aos ministros do STF como “atores políticos” e a revelação de que Gilmar Mendes auxilia Luís Roberto Barroso na “articulação política”.
Tudo igual
Por ora, não há previsão de mudanças nos ministérios ocupados pelo MDB. O partido comanda três pastas na Esplanada: Planejamento, com Simone Tebet; Cidades, com Jader Filho; e Transportes, com Renan Filho.
Alexandre de Brasília
Um dos mais influentes e admirados jornalistas brasileiros, Alexandre Garcia lança seu novo livro ‘De Brasília’, cidade onde reside há 48 anos. Já disponível na Amazon (R$ 53,90 para Kindle e R$ 89,90 em capa comum).
Funai polícia
O Congresso reagiu ao decreto de Lula que confere poder de polícia à Funai. Na Câmara e no Senado, já há propostas alegando que o presidente extrapolou suas atribuições, e parlamentares querem suspender a decisão. Caso contrário, o decreto pode ser anulado.
Quem importa
Sempre plantando notícias sobre o Orçamento de 2025, o governo Lula ainda não chamou para a conversa quem realmente importa na história: o relator do PLOA, senador Angelo Coronel (PSD-BA), que aguarda o convite.
Crime dando baile
Impressiona como criminosos agem impunemente usando SMS em nome de instituições financeiras como o Banco Central. Quem clica, se dá mal: eles invadem o celular e roubam tudo, inclusive senhas.
