Bastidores do Poder
Marina critica Lula e Alcolumbre por recuos na agenda ambiental

Não recebi qualquer determinação nesse sentido”
Marina reclama de dobradinha Lula e Alcolumbre
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem reclamado da falta de empenho do governo Lula na pauta ambiental. Mais do que isso, vê uma atuação combinada com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, nos que ela chama nos bastidores de “retrocessos na agenda ecológica”. Dentro da pasta, as críticas mais duras são dirigidas a Rui Costa (Casa Civil), que considera o atual modelo de licenciamento ambiental uma burocracia que atrasa obras do Novo PAC.
Lenga-lenga
Marina se queixa da ausência de apoio de Lula em temas centrais da pasta, como a exploração de petróleo na Margem Equatorial.
Com a barriga
Outra reclamação recorrente é sobre a Autoridade Climática. Marina quer ter ingerência, mas Lula ainda não tirou do papel.
Vai ficando
Assessores da ministra garantem que, por ora, ela não pretende deixar o cargo — pelo menos até a COP30, em Belém (PA).
Mala e cuia
Após a COP30 e com o prazo de desincompatibilização para as eleições, Marina não deve permanecer muito tempo no ministério.
CPMI do INSS empurrada para depois do recesso
A criação da CPMI para investigar o roubo bilionário aos aposentados do INSS ficou para o segundo semestre. Sem pressa, como quer o governo Lula (PT), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que a proposta será “lida” no dia 17 de junho, em sessão conjunta. A partir daí, partidos e blocos das duas Casas poderão indicar seus membros, sem prazo para conclusão dos trabalhos.
Depende de vontade
A composição da CPMI depende de acordo político entre deputados, senadores e seus blocos. Não há regra fixa.
Mapa da impunidade
No PSD do Senado, nomes ligados ao lulismo, como Rodrigo Pacheco (MG), Veneziano Vital do Rêgo (PB) e Marcelo Castro (PI), estão cotados para presidir a CPMI do INSS.
Aparelhamento
Principal suspeito, o governo Lula quer emplacar o relator da CPMI. Pela tradição, a relatoria caberia ao PL, autor do pedido.
Confiança arruinada
Sem entender de economia — como já confessou — Fernando Haddad ignora o alerta de Warren Buffett: “levamos anos para construir confiança e segundos para arruiná-la”. É o caso.
Mandou bem
O banco BTG contratou Bruno Bianco como sênior manager relationship. Ele foi ministro-chefe da AGU no governo Jair Bolsonaro.
Pré-pária
A chamada Lei Magnitsky, sob a qual ministros do STF poderiam ser enquadrados nos EUA, prevê congelamento de bens, bloqueio de cartões de crédito (inclusive no Brasil) e proibição de entrada no país.
