Economia
Alta do IOF eleva custo do crédito e arrecadação do governo em 122%

Imagem de pessoa mandada prejudica a autoridade do presidente”

PODER SEM PUDOR: Tribunal da beleza
O então presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Francisco Fausto, conduzia uma reunião quando chegou um grupo de alunos da Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia. Como alguns portavam máquinas fotográficas, o ministro brincou: “Escolham os melhores ângulos, quero os ministros bem bonitos nas fotos.” Ante o pipocar dos flashes, sem alterar a sisudez no julgamento dos processos, alguns ministros ajeitaram discretamente as gravatas, as togas e – quem ainda os tinha – até os cabelos.
Com IOF, governo Lula toma 122% a mais do cidadão
Ao aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o governo Lula (PT) e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) provocam uma reação em cadeia que, na prática, retira 122% a mais do bolso dos contribuintes apenas com esse tributo. Segundo estimativas da RC Consultores, do ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro, o mais grave é que o aumento do IOF elevará em 31,5% o custo efetivo do financiamento no país.
Um terço a mais
A consultoria projeta que a taxa efetiva do crédito no Brasil saltará de 26,4% para 34,7%, praticamente um terço a mais.
Alteração irregular
O estudo lembra que o IOF é um tributo regulatório e não deveria ser utilizado para reforçar o caixa do Tesouro, como confessado por Haddad.
Maior carga da História
A carga tributária no governo Lula subiu para 34,2% em 2024, segundo levantamento da FGV — a maior das últimas décadas.
Brasileiro esfolado
Para Paulo Rabello, “o contribuinte seguirá sendo esfolado, se depender do governo Lula”.
Motta vira garoto de recados sem consequências
Conhecido pela relação tímida com o Planalto, o presidente da Câmara, Hugo Motta, voltou às manchetes ao declarar que o Brasil “não precisa de mais impostos”, mas sim de “menos desperdício”. Referia-se ao aumento do IOF, decretado de surpresa na sexta-feira (23), que penaliza empresas de varejo — com margens apertadas — e impacta seguradoras. Apesar do tom, não se esperam ações concretas.
Na corda bamba
Empresas como o Magalu, cuja margem de lucro é de apenas 1,14%, dependem de vendas em volume e crédito abundante. Sem isso, quebram.
Apenas palavras
Motta nem sequer menciona apoio ao projeto de decreto legislativo do deputado André Fernandes (PL-CE), que propõe suspender o decreto do IOF.
Perderam o juízo
O decreto converte um imposto regulatório em ferramenta de arrecadação, prejudicando setores estratégicos da economia.
Farra recorde
O governo Lula bateu recorde de gastos com viagens: R$32 milhões em apenas quatro dias (19 a 23 de maio). A Controladoria-Geral da União (CGU) atualiza os dados a conta-gotas. Nos quatro dias anteriores, haviam sido R$17 milhões.
Viajar é Esporte
O ministro André Fufuca (Esporte) lidera o ranking de gastos com viagens em 2024: foram R$158 mil em passagens e R$10 mil em diárias.
Depende do freguês
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu à abertura de inquérito pela PGR, mesmo após a própria Procuradoria reconhecer a licitude da atividade investigada: “A Justiça depende do cliente”, disse.
Imagina na França
O tapa da primeira-dama da França em Emmanuel Macron foi o assunto mais comentado no X (Brasil) e o 4º mais buscado no Google Brasil — só perdeu para a convocação da Seleção por Carlo Ancelotti.
Censura progressiva
Para o senador Carlos Portinho (PL-RJ), o país caminha para uma censura formalizada: “A AGU, Lula e o STF trabalham nisso”.
PE: mais energia
A Eletrobras entregou uma nova linha de transmissão de 25 km entre Escada, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca (PE), com investimento de mais de R$260 milhões autorizado em 2019. A empresa prevê faturamento anual de R$23 milhões.
PT de fora
Fora das articulações com os trabalhadores de aplicativos, o governo Lula ficou excluído da comissão na Câmara que trata do tema. A presidência é do PL e a relatoria do Republicanos.
Trocou
O deputado Osmar Terra (RS) encerrou sua longa filiação ao MDB, após quase 40 anos. Vai para o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem foi ministro da Cidadania.
Pensando bem…
…na França, pelo menos o tapa na cara não é na população.

