Pressão
Impasse no Congresso sobre IOF põe isenção do IR na mira do governo

Mais um delírio messiânico”

Nos anos 1950, o então tenente José Wadih Cury presenciou um causo que contaria anos depois, já coronel da reserva. Fazia a ronda noturna na Escola de Paraquedistas, na Vila Militar do Rio. Às 2h, notou o comportamento estranho de um soldado. Aproximou-se e viu que o rapaz dormia, apoiado no fuzil. De repente, ele acordou, mas sem abrir os olhos, balbuciou: “…Ave Maria, cheia de graça…”. Ao concluir a oração, bateu continência: “Por aqui, tudo calmo, tenente.” Levou bronca, mas escapou do xadrez.
Com decreto do IOF ameaçado, IR entra no radar
Sem saber como lidar com a ameaça do Congresso de derrubar o aumento do IOF, a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, colocou sobre a mesa a possibilidade de rever a isenção do Imposto de Renda. Como se trata de promessa de campanha de Lula, o assunto, por ora, é proibido no ministério. Haddad determinou um pente-fino em subsídios e isenções, como Zona Franca de Manaus e setores do agronegócio.
Números gritam
Cálculos da própria Fazenda indicam que a isenção do IR até R$5 mil pode custar cerca de R$27 bilhões.
Cifras bilionárias
A ideia seria reduzir o valor da isenção e dividir a responsabilidade com o Congresso. O aumento do IOF renderia cerca de R$20 bilhões.
Lira no caminho
Além da resistência de Lula, outro obstáculo é o relator da proposta: Arthur Lira (PP-AL), influente e sensível ao tema.
Ratos escaldados
Haddad quer evitar novo vexame. Na Fazenda, ainda se lembra da queda do decreto sobre saneamento, em 2023.
Presidente do STM gera reação ao citar ‘juizinhos’
Maria Elizabeth Rocha, presidente do Superior Tribunal Militar, caiu nas rodas de deboche em Brasília ao afirmar que sua corte não processa os 22 militares acusados de tentativa de “golpe” porque, “da Justiça Militar ao juizinho lá do interior”, só se age por provocação. Sentenciou pela mídia: todos perderão as patentes, mesmo que não sejam condenados. Sem vivência na magistratura, ela chegou ao STM em 2007 pelas mãos de Lula. Talvez ainda ignore o que os “juizinhos” representam.
Origem da Justiça
No interiorzão, o “juizinho” é quem ouve os casos, aplica a lei e garante os direitos dos cidadãos.
Trincheira cidadã
Juízes de primeiro grau são, em geral, homenageados por tribunais superiores, por serem a linha de frente da Justiça.
Procurando Wally
Maria Elizabeth é alvo de comentários pelo número incomum de assessores, até para os padrões de Brasília.
Trem fantasma
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, ameaçou sem cerimônia: sem aumento do IOF, programas como Minha Casa, Minha Vida e Farmácia Popular podem acabar. Mas viagens luxuosas de Lula e Janja, mordomias, privilégios e reajuste bilionário de servidores seguem intactos.
Tá feia a coisa
Pesquisa da AtlasIntel, sempre gentil, aponta 53,7% de reprovação a Lula (PT). Ainda assim, dez pontos abaixo da média dos demais institutos.
Gente grande
Nikolas Ferreira (PL-MG) foi apontado pela AtlasIntel como o líder político mais bem avaliado do País: 49% de aprovação. Seus vídeos com quase 200 milhões de visualizações antecipavam esse resultado.
Persona non grata
Lula visitou o Paraná justamente quando pesquisa mostrou quase 70% de reprovação no Estado. Lá, só os de sempre o aprovam: 29%.
Ativismo tolo
Jornalistas brasileiros passaram vergonha com críticas exageradas a Elon Musk. Publicaram que ele se demitiu decepcionado, mas sua saída já estava acordada para o 130º dia. E assim foi.
Cara no chão
Estreia dos Correios no atendimento sobre fraudes no INSS foi vexatória. O sistema travou com o presidente da estatal, Fabiano dos Santos, acompanhando a operação.
Custo da leviandade
Segundo a Febraban, se o aumento do IOF for mantido para bancar gastos do governo Lula, o custo do crédito pode subir 44%. Um crime.
Roteiro do sem-visto
O ex-vice-presidente paraguaio, Hugo Moreno, queria ser presidente em 2022. Foi acusado pelos EUA de corrupção e tentativa de suborno. Aplicaram a Lei Magnitsky. Hoje, está barrado dos EUA e do sistema bancário global.
Pensando bem…
…em certos setores, a “máquina pública” parar de funcionar seria uma vitória e um alívio para a população.
