Lula ignora avanço de facções e guerra por territórios no Rio

Muito querido entre políticos e jornalistas, o saudoso embaixador José Aparecido de Oliveira era mestre em boas conversas, embora às vezes traído pela memória.
Certa vez, recebeu um grupo de repórteres com entusiasmo:
“Mas que enorme prazer! Há quanto tempo não nos vemos!”
Um deles respondeu:
“Falamos com o senhor em Brasília na semana passada.”
Aparecido, rápido no improviso, devolveu:
“Mas para mim, é muito tempo! Prova de que gosto mais de vocês do que vocês de mim!”

Lula ignora guerra civil por controle de territórios

Lula (PT) mostra-se tão desinformado sobre os grupos criminosos no Rio de Janeiro que nem sequer percebe que está em curso uma autêntica “guerra civil” entre facções como o Comando Vermelho (CV) e o Estado brasileiro.

Especialistas em segurança, como o ex-capitão do Bope Rodrigo Pimentel, roteirista de Tropa de Elite, alertam que o conflito já não é por pontos de venda de drogas, mas por controle de territórios. Nessas áreas, as facções passam a governar e impor suas próprias regras.

Onde se sentem em casa

Pimentel adverte que o domínio territorial das facções não se limita às favelas cariocas: já se expandiu para Bahia e Ceará, estados governados pelo PT.

Narcoterrorismo, abestado

Ao mobilizar 2,5 mil policiais contra o CV, as forças de segurança do Rio representam a resistência do Estado contra o narcoterrorismo.

Nem vê quem é o inimigo

Lula recusou ajuda dos Estados Unidos no combate a narcoterroristas para evitar rotular de “terroristas” os traficantes que costuma vitimizar.

Para Milei, são terroristas

Enquanto Lula hesita, o presidente Javier Milei incluiu PCC e CV no registro do Repet, lista oficial de organizações dedicadas a atos de terrorismo.

Por boquinha, ministros avaliam troca de partido

Ao menos três ministros do governo Lula cogitam mudar de partido para preservar cargos ou recuperar espaço político.

O caso mais recente é o de Alexandre Silveira (Minas e Energia), do PSD. Com o partido mineiro se afastando do governo e ensaiando lançar Mateus Simões (ex-Novo) ao governo estadual, Silveira vê o sonho de concorrer ao governo de Minas ruir.

De saída

Com poucas chances de se eleger senadora por Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (Planejamento) pode trocar o MDB pelo PSB.

Mais dois

Celso Sabino (Turismo), do União Brasil, e André Fufuca (Esporte), do PP, também enfrentam críticas por se manterem fiéis a Lula.

Neolulista

Fufuca deve continuar no PP, mas Sabino, já apelidado de “neolulista”, conversa com Republicanos, PSD, PSB e até com o PT.

Só a direita

Nenhum governador da esquerda ofereceu ajuda ao Cláudio Castro (PL) no combate ao crime no Rio de Janeiro. Ao menos sete governadores de direita manifestaram solidariedade.

Bancada do crime

Vereadores de esquerda tentaram aprovar na Câmara Municipal de São Paulo um minuto de silêncio para “vítimas” da operação policial no Rio. A proposta não passou: a direita reconhece apenas os policiais como vítimas.

Castro lembrado

A expressão “parabéns, governador” figurou entre os assuntos mais comentados do X (ex-Twitter), em referência a Cláudio Castro (PL), após o enfrentamento à facção criminosa na terça (28).

Raquel se recupera

Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostra que a corrida de João Campos (PSB) ao governo de Pernambuco não será o “passeio” imaginado. Bem avaliada, a governadora Raquel Lyra (PSD) cresce nas intenções de voto.

Senadora Marília

A disputa promete emoção: Marília Arraes (SD) aparece como favorita a uma vaga no Senado, enquanto o petista Humberto Costa (PT) corre o risco de não se reeleger.

Vieira em alta

A CPI do Crime Organizado no Senado será instalada na próxima terça (4), e o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) é o nome mais cotado para relator.

Aposta contra ditador

As apostas sobre a queda de Nicolás Maduro na plataforma Polymarket dispararam: agora são 25%, ante 17% há 15 dias. Ainda abaixo do pico de 34%, registrado em janeiro.

Toffoli no CNJ

A Câmara reconduziu a advogada da União Daiane Nogueira de Lira ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por mais dois anos. Até 2024, ela era chefe de gabinete do ministro do STF Dias Toffoli.

Pensando bem…

… para o governo Lula, maldita foi a operação no Rio, que tirou das manchetes engajadas o encontro com Donald Trump.