Segurança Pública
Motta enfrenta o Planalto e leva projeto antifacção ao plenário

Esperem de mim equilíbrio”

PODER SEM PUDOR: Pateta ocupado
Sobrinho do ex-senador Carlos Alberto De Carli, o vereador Paulo De Carli (PDT-AM) chamou de “três patetas” o então governador Eduardo Braga, o ministro Alfredo Nascimento (Transportes) e o prefeito de Manaus, Serafim Corrêa. Dias depois, tentou agendar audiência com Serafim. Recebeu resposta seca:
“O pateta está ocupado, não pode receber o vereador…”
Motta desafia Lula e pauta projeto antifacção
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu enfrentar o governo Lula (PT) ao pautar o projeto de lei antifacção relatado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP). O texto passou por sucessivos recuos até sua versão final, reflexo da habitual hesitação de Motta, pouco afeito a “bolas divididas”. Mas, ao perceber que a resistência do governo era apenas política — contrária ao perfil não-governista do relator —, decidiu avançar.
Relator firme
Derrite assumiu as indecisões de Motta sem reclamar. Em retribuição, foi elogiado pelo presidente da Câmara.
Decisão “pessoal”
Motta apresentou como “decisão pessoal” a escolha de Derrite como relator — apesar de o próprio deputado já ter manifestado interesse pela função.
“Direito adquirido”
Especialista em segurança, Derrite também relatou a proposta que extinguiu as “saidinhas” de presos. A exceção é para os que já estavam detidos, por suposto “direito adquirido”.
Lula quer revanche
O presidente Lula não esquece: foi Derrite quem liderou a derrubada do veto ao fim das saidinhas, em uma das derrotas mais constrangedoras do governo.
PL adia definição de candidatos ao Senado no RJ
O PL de Jair Bolsonaro dificilmente definirá em 2025 os nomes para a disputa ao Senado pelo Rio de Janeiro. Dois fatores travaram o processo: a megaoperação contra facções, que reposicionou o governador Cláudio Castro entre os eleitores, e a indefinição de Flávio Bolsonaro sobre disputar ou não a Presidência contra Lula. O problema do partido é o excesso de nomes viáveis.
Tempo de maturação
A expectativa é resolver a equação até março de 2026, prazo em que o partido também avaliará o desempenho de Castro.
Alvo: PSD
Outro foco é esvaziar a influência do PSD no estado, que tende a lançar Eduardo Paes ao governo com apoio lulista.
Pirão próprio
Carlos Portinho, atual senador, já avisou que deseja tentar a reeleição. Herdou a vaga em 2020, após a morte de Arolde de Oliveira.
Flop-30
O chanceler alemão Friedrich Merz, que se reuniu com Lula, não escondeu a decepção com a COP-30: “Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha”, ironizou. A conferência foi apelidada de “Flop-30”.
Política sem eleição
Para o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), não há acordo possível sobre o projeto antifacção se os políticos o utilizarem como arma eleitoral. Resta saber se Lula vai encarar como crítica indireta.
Chile conservador
José Antonio Kast, candidato conservador no Chile, tem 95% de chances de vencer, segundo a Polymarket, mesmo após ter ficado 2,7 pontos atrás da comunista Jeannette Jara no primeiro turno.
Rótulos seletivos
Políticos que enfrentam a esquerda nas urnas são taxados de “ultraconservadores” por ativistas de redação. Derrotá-la, como no Chile — onde a direita somou 70% dos votos —, vira quase ofensa pessoal.
“Santo” de sindicato
Marcel van Hatten (Novo-RS) ironizou a vida “franciscana” de Abraão Lincoln Ferreira, presidente da CBPA. A entidade movimentou R$ 200 milhões, mas ele declarou R$ 2,3 mil mensais à Receita.
CPI devagar, quase parando
A governista CPI do Crime Organizado, presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), realiza hoje sua primeira sessão com algum conteúdo, duas semanas após instalada. Até aqui, quase nada.
Noves fora, zero
Dos três documentos recebidos pela CPI, um indica servidores para compor a comissão e os outros dois pedem mais prazo para resposta.
Elogio que ofende
Ao tentar elogiar a ministra da Cultura, Margareth Menezes, Lula escorregou mais uma vez: “Melhorou na oratória, porque antes era um desastre”.
Pensando bem…
…agir contra facções criminosas não deveria ser tão difícil.

