Congresso
PT não dialogou com relator da lei antifacção, diz Derrite

Lula e o PT trabalham para beneficiar criminosos”

Aqui se faz…
O então deputado federal Aldo Rebelo (SP) foi abordado na Câmara, em 2005, por um admirador que pediu uma selfie e disparou:
“Até que enfim o Zé Dirceu está pagando por tudo que fez com o senhor!”
Referia-se à rebordosa judicial do mensalão, primeiro grande escândalo de corrupção do governo Lula (PT).
Aldo, visivelmente constrangido, ficou da cor da bandeira do seu partido, o PCdoB, deu um tapinha no ombro do fã e saiu a passos largos.
PT recusou diálogo com relator da lei antifacção
Relator da lei antifacção, Guilherme Derrite (PP-SP), revelou um detalhe ignorado pelo noticiário: o governo Lula (PT), que costuma vitimizar bandidos, se recusou a dialogar. O deputado não conseguiu discutir o projeto com nenhum representante da Secretaria de Relações Institucionais, da irascível Gleisi Hoffmann, nem com o líder do PT ou qualquer liderança governista. “Eles não queriam o debate, queriam apenas misturar política com segurança pública”, resumiu.
Soltando os cachorros
Gleisi foi a primeira a reclamar da escolha do relator, alegando “propriedade” de um “projeto do governo”. Depois, soltou os cachorros.
Brios atingidos
Gleisi e sua turma fizeram Lula ligar para dar bronca no presidente da Câmara, por ter escolhido Derrite. Deu errado: tocou nos brios de Hugo Motta.
Derrota no horizonte
Lula, Gleisi et caterva se irritaram com a nova derrota na Câmara — como na vez em que Derrite relatou o projeto que acabou com as saidinhas.
Melhorou muito
A falta de diálogo com o PT fez bem ao texto final. Ao contrário da proposta original, o novo texto endurece de fato contra organizações criminosas.
Lula mandou Alcolumbre agir contra lei Derrite
Quando o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), cancelou as reuniões de líderes antes da votação da lei antifacção, o Planalto já sabia que a batalha estava perdida. Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) nem apareceu na prometida reunião com o relator Guilherme Derrite (PP-SP). A avaliação no governo é que o texto será “resolvido” no Senado por ordem de Lula (PT) — ou seja, Davi Alcolumbre (União-AP), adorador de cargos, “dará um jeito”.
Veja bem…
O texto dificilmente será votado no Senado antes do despacho de Lula com Alcolumbre, que deve levar Rodrigo Pacheco a tiracolo.
Supremo em pauta
Alcolumbre pressiona pela nomeação de Pacheco à vaga de Luís Roberto Barroso no STF. Hora perfeita para cobrar a fatura.
Água no chope
Coube a Efraim Filho (União-PB) provocar dor de cabeça em Lula: o senador quer retomar a equiparação de facções a organizações terroristas.
Nada original
O Banco Original, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, vai abrir uma agência no paraíso fiscal das Ilhas Cayman, com capital de US$ 32,4 milhões, sem que Taxxad reclame. Previsível.
Política na prática
Presidente do PSD, Gilberto Kassab prevê que os nomes dos candidatos à Presidência em 2026 serão definidos até o Carnaval. O prazo legal para registro é 15 de agosto.
Time galáctico
O banqueiro preso Daniel Vorcaro não economiza com defesa: contratou o renomado criminalista Roberto Podval e um time integrado por Sérgio Leonardo, Pierpaolo Bottini e Walfrido Warde.
Memória
seletiva
Ativistas de redação lembraram que o príncipe saudita recebido por Donald Trump, ao lado de Cristiano Ronaldo, foi acusado da morte de um jornalista. Mas esqueceram esse detalhe ao noticiar o convite de Lula (PT) a Mohammed bin Salman para visitar o Brasil.
Dinheiro de volta
Antes de sancionar, a contragosto, a lei contra linguagem neutra, Lula torrou dinheiro público com a compra de 404 livros difundindo a aberração, para distribuição nas escolas. Deveria ressarcir o erário.
De olho no relógio
Faltam menos de cinco meses para a abertura da “janela partidária”, quando deputados federais, estaduais e distritais poderão trocar de partido sem punição da Justiça Eleitoral.
Milagre ao contrário
PT e aliados seguem tentando emplacar na CPMI a narrativa de que o roubo aos aposentados é culpa do governo anterior. Mas ainda não explicaram o “milagre da multiplicação” das fraudes nos dois primeiros anos de governo Lula.
Falta um mês
O recesso forense começa em 20 de dezembro de 2025 e vai até 6 de janeiro de 2026. Nesse período, audiências, julgamentos e prazos, inclusive no STF, ficam suspensos.
Pensando bem…
…faz sentido: para quem acha traficante vítima dos usuários, projeto antifacção “enfraquece o combate ao crime”.

