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Investigação

Lula atua para barrar convocação de Lulinha na CPMI do INSS

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Faltou comida pra botar na mesa? Foi pramesada do Lulinha”

Marcel van Hattem (Novo-RS) sobre suposta mesada ao filho de Lula com grana do INSS
Imagem ilustrativa da imagem Lula atua para barrar convocação de Lulinha na CPMI do INSS
| Foto: Divulgação
PODER SEM PUDOR: Viventes da madrugada

Lula conhece bem os companheiros de copo e de cruz. Certa vez, em seu primeiro governo, ouviu do deputado Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP) a garantia de que sua candidatura à presidência da Câmara era pra valer, até porque, na noite anterior, havia fechado acordo com o deputado Virgílio Guimarães (PT-MG). Lula interrompeu: “A que horas vocês fecharam esse acordo?” Fleury respondeu: “Uma e meia da manhã, presidente”. Lula riu: “Ah, então foi o Virgílio mesmo!”

Lula blinda filho acusado de receber mensalão

Lula (PT) mobilizou seus aliados e impediu a convocação de Fábio Luiz, seu filho “Lulinha”, para depor na CPMI que investiga o roubo aos aposentados. A CPMI já sabia das suspeitas de envolvimento de Lulinha: depoimento à Polícia Federal revelou que ele recebia mensalão de R$ 300 mil pagos por Antonio Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. O relator, Alfredo Gaspar (União-AL), pediu que a PF aprofunde as investigações sobre as relações de Lulinha com o “Careca”.

Parças em viagem

De acordo com Alfredo Gaspar, em 8 de novembro de 2024, Lulinha fez viagem a Lisboa na companhia do “Careca do INSS”.

Vai que é tua, PF

Alfredo Gaspar tem todos os detalhes: do número do voo às poltronas ocupadas por Lulinha e seu alegado parceiro, o “Careca do INSS”.

Apenas uma dica

Impedido de interrogar o filho de Lula, Gaspar sugeriu à PF investigar o voo de 8 de novembro: “Os senhores vão encontrar uma quadrilha”.

Falta de pudor

“Não aguento mais essa blindagem despudorada”, desabafou o relator. “Ninguém pode estar acima da investigação”, lamentou.

Governistas desconfiam de canetada de Mendes

Aliados do Planalto garantem que foram pegos de surpresa com a canetada de Gilmar Mendes que blinda os colegas ministros do STF. Na verdade, desconfiam que a decisão não teve a intenção de ajudar o indicado de Lula ao STF, Jorge Messias, mas o contrário: provocar reação no Congresso. Lembram, por exemplo, que, para a vaga de Rosa Weber, Gilmar torcia por Bruno Dantas (TCU).

Vira-casaca

Mendes trocou a torcida para Dantas por Flávio Dino, então ministro de Lula. Deu certo: Dino foi indicado em novembro de 2023.

Outro nome

Na vaga atual, Mendes também demonstrava simpatia pela indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ignorado por Lula.

Ouvidos moucos

A coluna apurou que Gilmar procurou alguns senadores antes de tomar a decisão. Foi desaconselhado. Ignorou.

Pra torcida

Não convenceu o pedido de Jorge Messias para Gilmar Mendes reconsiderar a decisão de decretar a miniaturização do Senado. A tese de mestrado de Messias é um elogio ao ativismo judicial.

Nasceu gigante

O União Brasil e o PP registraram a federação União-Progressista no TSE. Estarão separados nas urnas (números 44 e 11 permanecem), mas agora compartilham um caixa de mais de R$ 1,2 bilhão anuais.

Deboche no STF

Oposicionistas como a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) interpretam como deboche a afirmação de Flávio Dino de que Alexandre de Moraes seria “perseguido”, daí os 80 pedidos de impeachment. “É um gozador”.

Papel é do Congresso

Gilmar Mendes afirmou que sua decisão, blindando a si e aos demais ministros do STF, decorre de uma “atualização da lei”. Papel, porém, é do Legislativo, que tem competência para criar e alterar leis.

No seu quadrado

“Não cabe ao Supremo ‘revisar’ a Constituição. Essa função é exclusiva do Legislativo”, diz o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), após Gilmar chamar a lei do impeachment de “desatualizada”.

É o ativismo, mané

No STF, há quem atribua à bolha criada pelos próprios ministros a falta de percepção de que a enxurrada de pedidos de impeachment decorre do ativismo da Corte — não dos autores das ações.

Crueldade

Diagnosticado com Alzheimer, o general Augusto Heleno só poderá progredir para o semiaberto em setembro de 2031. A condicional, só em julho de 2034, quando terá 87 anos.

Pé no freio

Parou o processo de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália. A Justiça quer antes avaliar as condições do cárcere no Brasil. Por lá, nada deve andar até o próximo dia 10.

Pensando bem…

…o Estado não sou eu — é o meu amigo.

Provedor HUMBERTO GOMES DE MELO e vice-reitor do Cesmac, DOUGLAS APRATTO TENÓRIO, durante o lançamento do livro que celebra uma década de avanços no ensino e pesquisa da Santa Casa de Maceió
Provedor HUMBERTO GOMES DE MELO e vice-reitor do Cesmac, DOUGLAS APRATTO TENÓRIO, durante o lançamento do livro que celebra uma década de avanços no ensino e pesquisa da Santa Casa de Maceió | Foto: Divulgação

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