Bastidores
Pressão sobre liquidante do BC expõe temor de vazamentos no caso Banco Master

Há estimativas de que este escândalo é pior que a Lava Jato”

PODER SEM PUDOR: Existe jantar grátis
O falecido deputado Maurício Fruet (PR) era mesmo um gozador. Nomeado prefeito de Curitiba em 1983, cedeu a vaga na Câmara ao suplente Dílson Vanchin, um novato na política. Fruet pregou-lhe uma peça: disse que era praxe vender tudo do gabinete ao novo ocupante. Vanchin, sem desconfiar dos preços irrisórios, achou que fizera o melhor negócio da vida. Convidado para um jantar de despedida de Fruet com a bancada, soube então que o dinheiro era para pagar a conta do restaurante…
Intimidação do BC pode não impedir vazamentos
A tentativa de intimidar o liquidante do Banco Master nomeado pelo Banco Central reforça as expectativas sobre uma suposta “lista” de autoridades ligadas a negócios do banqueiro Daniel Vorcaro — ou por ele beneficiadas. O temor é que Eduardo Félix Bianchini, funcionário de carreira do BC e responsável pela liquidação do Master, repasse suas descobertas à cúpula do BC ou, pior, vaze à imprensa. Nesse vale-tudo, a defesa de Vorcaro “acusa” o BC de usar Bianchini para obter informações do banco, tamanha a preocupação com possíveis vazamentos.
Naufrágio inevitável
“Parece a velha piada do náufrago que não tem dedos suficientes para tapar os muitos buracos no casco”, ironiza um ex-secretário do Tesouro.
Buraco no casco 1
Os segredos do Master poderiam vir à tona com a quebra de sigilo na CPMI do INSS, mas o ministro Dias Toffoli impediu o acesso dos parlamentares aos dados.
Buraco no casco 2
A pedido dos investigados, o STF ordenou a acareação de Ailton Aquino Santos, diretor de Fiscalização do BC, com os investigados que ele apurou.
Buraco no casco 3
No TCU, o ministro Jhonatan Santos também estaria agindo, segundo fontes do BC, para restringir a atuação de auditores nessa área.
Sob Lula, dívida pública fecha ano em R$10 trilhões
Pela primeira vez na História, o governo federal encerrará o ano com a dívida pública superior a R$10 trilhões. Ou seja, sob a batuta de Lula e cia., a dívida astronômica do setor público brasileiro supera, em 2025, o Produto Interno Bruto de 180 países, segundo dados do Banco Central. Para piorar, a dívida do governo brasileiro representa quase 80% do PIB nacional e, segundo projeção do Instituto Fiscal Independente (IFI) do Senado, o comprometimento deve superar os 82% em 2026.
Buraco federal
A “Dívida Bruta do Governo Geral” inclui também os governos estaduais e municipais, mas o governo federal é responsável por 80% do rombo.
Doença crônica
Diretor do IFI, Marcus Pestana compara os gastos do governo federal a uma doença crônica: “O desequilíbrio contamina e limita o horizonte do País”.
Por ‘fora’
A oposição recorda: em apenas três anos, Lula gastou R$ 324,3 bilhões fora do teto das regras fiscais — inclusive aquelas criadas por seu próprio governo.
Bagagem tem
Eduardo Bianchini, funcionário de carreira do BC e liquidante do Master, tem experiência no assunto: também foi responsável pela liquidação da “Um Investimentos S/A”, corretora encerrada pelo BC em 2019.
Anota aí
Os salários dos servidores públicos do governo federal custam mais de R$ 416 bilhões por ano aos pagadores de impostos — valor 50% superior ao distribuído em programas como Bolsa Família e BPC.
Agora vai?
Marcel van Hattem (Novo-RS) protocolou ontem um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, assinado por mais de 50 parlamentares, por crime de responsabilidade no caso do Banco Master.
Detalhe
O novo pedido de impeachment, encaminhado ao Senado, requer a perda do cargo e a inabilitação, por oito anos, de Alexandre de Moraes para o exercício de função pública.
Espera sentado
Em 2019, no início do governo Bolsonaro, os Correios anunciaram um plano de demissão voluntária para 7,3 mil empregados. Apenas 4,8 mil aderiram. Agora, sob o PT, o governo diz que vai “estimular” 15 mil demissões em dois anos…
Lógica ao contrário
O governo de Fátima Bezerra (PT) vai pagar R$ 500 por mês, por até um ano, a menores que cumprem “medidas socioeducativas” no Rio Grande do Norte. Diz que não é bolsa crime, nem incentivo ao crime, mas o valor é exclusivo para infratores. Quem não é menor infrator, não recebe.
Crime organizado
O senador Rogério Marinho (PL-RN) alerta para o avanço das facções no RN, que agora paga “bolsa” exclusiva para menores infratores. O número de presos ligados a facções cresceu 222% somente em 2025.
Abrasileirado
Envolve até Tim Waltz, candidato derrotado a vice na chapa de Kamala Harris, o desvio de bilhões de dólares para creches nos EUA. Parece até o desconto associativo do INSS no Brasil: “creches” foram criadas, sem funcionários e sem atender crianças, receberam bilhões… e tudo sumiu.
Pensando bem…
…prejuízo em estatal no Brasil não é incompetência, é meta.

