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61 Anos de Sacerdócio

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Certo dia, quando eu ainda padre jovem, ouvi, na reunião do clero, que um padre da nossa Arquidiocese comemoraria 60 anos de sacerdócio. Fiquei perplexo e admirado! Sessenta anos de padre? É muito chão, pensava eu, como pode isso acontecer? Pois bem, os anos se passaram e eu, no dia 14 deste mês, completei 61 anos de sacerdócio!

Tudo começou no dia 14 de março de 1959, na cidade de Roma, quando fui ordenado sacerdote, juntamente com alguns colegas brasileiros, por um bispo italiano, que passara 30 anos nas prisões da China comunista. Depois de oito dias de retiro fechado, numa bela manhã, eu meu tornei padre para sempre. Já passei dos 60 anos de sacerdócio e, durante todos esses anos, não me cansei de dizer obrigado ao Senhor, porque meu sacerdócio é fruto da misericórdia divina. Sou padre não por merecimento, mas unicamente porque Deus é misericordioso e é sumamente generoso para comigo.

Cristo veio ao mundo, tomou nossa carne humana e nos abriu o caminho da salvação. Ele veio por desejo do Pai e a graça divina da salvação nos é comunicada pelo Espírito Santo. A Trindade santíssima encontrou um intermediário, um instrumento de todo esse mistério criando o sacerdote. O padre é o comunicador visível do mistério de Cristo, na terra. Na verdade, Cristo é o verdadeiro, superemo e único sacerdote. Neste mundo, os padres são apenas seus instrumentos de comunicação, pois na verdade, quando o padre diz eu te absolvo dos teus pecados, é Cristo quem absolve.

A dignidade e responsabilidade do padre são tão altas que nem os anjos são padres. É a homens fracos e pecadores como eu, que a Trindade confere a graça do sacerdócio. Por isso, o santo Cura d’Ars dizia que andando por uma estrada e encontrando um anjo e um padre, ele saudava primeiro o padre.

Tendo sido escolhido para ser padre e perseverado nesse ministério, apesar das minhas ingratidões e fraquezas, quero fazer como santa Teresinha, isto é, cantar eternamente as misericórdias do Senhor.

Sou feliz, muito feliz por ser padre e quero sê-lo até o último instante da minha vida. Hoje agradeço, sincera e profundamente, à Trindade divina, a minha Mãe querida do céu, aos meus santos protetores e a todos que me ajudaram nessa longa caminhada sacerdotal. Obrigado! Obrigado! Obrigado!

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