loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quarta-feira, 25/06/2025 | Ano | Nº 5996
Maceió, AL
24° Tempo
Home > Coluna Religião

Coluna Religião

35 anos de devoção a São Maximiliano Kolbe

Paróquia no Benedito Bentes, que leva o nome do santo polonês, foi oficialmente fundada em 1991 e em 18 de agosto chega aos 30 anos

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Devoção de um santo até então desconhecido da comunidade chega a 35 anos na Paróquia de São Maximiliano Kolbe
Devoção de um santo até então desconhecido da comunidade chega a 35 anos na Paróquia de São Maximiliano Kolbe -

Há 35 anos se realizava a primeira missa no recém inaugurado Residencial Benedito Bentes, na parte alta de Maceió. Iniciava-se aí a devoção de um santo, até então desconhecido pelo povo, São Maximiliano Kolbe.

O frei que morreu durante a II Guerra Mundial em um campo de concentração nazista ao dar à vida no lugar de um pai de família foi apresentado ao povo por dom Otávio Aguiar. Na época, bispo auxiliar da Arquidiocese de Maceió, se preocupou em evangelizar as novas áreas ocupadas que surgiam na cidade. “Depois da missa ele disse: ‘quem quer ajudar na construção da igreja?’ E assim começou a história da comunidade”, disse “dona” Fátima, uma das fundadoras da comunidade.

Missas depois, o bispo chegou até o povo e disse que tinha uma novidade e que já sabia quem seria o padroeiro da nova comunidade: São Maximiliano Kolbe. “Ele então distribuiu os livrinhos com a história, e todo mundo se encantou”, completou Fátima.

Tudo isso ocorreu ainda em 1986 e, após um ano, iniciava a construção da igreja matriz. Em 1991, o então bispo, dom Edvaldo Amaral, fundava oficialmente a paróquia, no dia 18 de agosto, chegando aos 30 anos em 2021.

Durante os festejos pela criação da paróquia estão sendo lembrados os fundadores, bem como os padres que passaram pela comunidade e dom Otávio Aguiar, que sonhou e fundou a paróquia.

HISTÓRIA

O povo se identificou com a história do frei, que neste ano, também completa 80 anos do seu martírio. “Na infância ele teve uma experiência com a mãe de Jesus e suas atitudes vão corresponder ao chamado do Mestre. Na vida adulta se preocupou em espalhar a Boa Nova, com as mesmas atitudes de Cristo, com paz, fraternidade, com acolhimento e compaixão. A prova máxima de que conheceu profundamente o Evangelho foi o seu martírio”, disse o pároco, o padre Petrúcio Ramires.

Raimundo Kolbe nasceu em 1894, na Polônia, numa família operária que o introduziu no seguimento de Cristo e, mais tarde, ajudou-o a entrar para a família franciscana, onde tomou o nome de Maximiliano Maria.

Com o início da Segunda Guerra Mundial, a Polônia foi tomada por nazistas e, com isto, frei Maximiliano foi preso duas vezes, sendo que a prisão definitiva, ocorrida em 1941, levou-o para Varsóvia e, posteriormente, para o campo de concentração em Auschwitz, onde no campo de extermínio heroicamente evangelizou com a vida e a morte. Aconteceu que diante da fuga de um prisioneiro, dez pagariam com a morte, sendo que um, desesperadamente, caiu em prantos: “Minha mulher, meus filhinhos! Não os tornarei a ver!”.

Movido pelo amor que vence a morte, São Maximiliano Maria Kolbe dirigiu-se ao oficial com a decisão própria de um mártir da caridade, ou seja, substituir o pai de família e ajudar a morrer os outros nove e, foi aceita, pois se identificou: “Sou um padre católico”.

Em 10 de outubro de 1982, o Papa João Paulo II canonizou este seu compatriota, já beatificado por Paulo VI em 1971.

Relacionadas