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sexta-feira, 27/06/2025 | Ano | Nº 5998
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Artigo

JEFTÉ

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Na luta dos judeus contra seus inimigos, especialmente, os amonitas, Deus, malgrado a ingratidão dos judeus, nunca deixou de proteger seu povo nos momentos mais difíceis. Para tanto, escolheu certos homens cheios de virtude, para enfrentar com fé e coragem os poderosos inimigos dos judeus que, na época, eram um povo pobre e não tão preparado militarmente como seus inimigos.

Um desses grandes guerreiros, enviado por Deus, foi Gedeão, homem humilde e simples, sem grandes ambições, mas cheio de fé e confiança na palavra do Senhor. Gedeão jamais pensou que fosse ele um escolhido por Deus para afastar os inimigos poderosos de Israel, mas, pela sua simplicidade e humildade, foi ele um escolhido, protegido e vencedor. É que Deus ama os simples e humildes e faz com eles coisas grandiosas, para mostrar o poder de seu braço.

Outra figura fantástica, do tempo dos Juízes, foi Jefté. Depois de ser expulso da sua própria família, aceitou enfrentar os filhos de Amon, Jefté fez um voto a Deus: “Se entregares os amonitas em minhas mãos, a primeira pessoa que sair da porta da minha casa para vir ao meu encontro quando eu voltar vencedor sobre os amonitas, pertencerá ao Senhor e eu a oferecerei em holocausto.” (Jz 11,31). Regressando a sua casa, depois das vitórias, a primeira pessoa que ele encontrou saindo da sua casa, foi sua querida e única filha. Jefté, ao ver sua filha, lembrou-se de seu voto e ficou arrasado. Mas sua filha foi mais forte do que o pai e disse-lhe para cumprir o que prometera.

A história dessa promessa chama nossa atenção para algumas práticas da nossa vida religiosa. O primeiro ponto é que ninguém pode fazer promessa, para que outras pessoas a cumpra. Quem deve cumprir uma promessa é quem a fez. Promessa é dívida de quem prometeu.

O segundo ponto é que uma promessa só tem valor quando de fato se promete algo justo, digno, valioso. Prometer tolice, algo que não vale nada é querer enganar a Deus.

O terceiro ponto é que não se pode prometer o impossível. Um pobre coitado, que vive das esmolas que recebe nas ruas, não pode prometer uma ajuda fabulosa para a construção de um santuário, por mais que deseje. Trata-se uma promessa que é falha desde o início, pois a gente dá a Deus aquilo que tem, que pode dar. O princípio de teologia moral é bem claro: ninguém está obrigado ao impossível.

E o mais importante: a promessa é um ato sério, de amor. Não é um negocio, uma permuta, uma troca com procura de vantagens. Fazemos uma promessa na esperança de que Deus nos dê algo, que sirva para o nosso bem, para que sirvamos bem e até melhor o nosso Deus. Promessa é coisa séria!

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