Artigo
O ROSÁRIO
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Nossa Senhora, em todas as suas aparições, sempre pede que se reze o Rosário, ou o terço. Os santos sempre rezaram e amaram o terço. O santo frei Pio, quando não podia estar atendendo o povo ou participando de ato litúrgico, ele estava sempre rezando o terço. O Papa São João Paulo II, não só escreveu muito sobre o Rosário, mas, apesar dos seus múltiplos afazeres, rezava, todos os dias, o Rosário, que ele passou oficialmente, para toda a Igreja, de três mistérios para quatro, acrescentando os mistérios luminosos, que abrangem a vida pública de Jesus.
O terço é tão fascinante que atrai muitos homens para a Igreja. Homens que, por algum motivo, não participam da vida litúrgica da Igreja, não perdem o seu terço semanal com outros, ou mesmo o rezam em casa sozinhos ou com a família. Que há, então, no terço para ser tão atraente, para ser uma devoção tão popular?
Vejo no terço duas razões fascinantes, sobretudo para os homens. A primeira é que é uma oração coloquial com a nossa Mãe do céu. Maria é, na sua vida e pela sua missão com Cristo, algo extraordinário. É o feminino de que precisamos na mística da fé. É o sentimental de que precisamos no intelectual da teologia. É a mãe que está sempre presente e nos mima com suas carícias. Por isso, por cinquenta vezes em cada terço, nós nos consolamos e nós fortificamos, quando rezamos dizendo: “Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte”.
A segunda é a teologia reinante e o poder da Bíblia na recitação da Ave Maria, cuja primeira parte é a saudação do Anjo a Maria, quando lhe anunciou a encarnação do Verbo divino e a segunda parte é o eco da declaração dogmática do Concílio de Éfeso, quando declarou Maria a Mãe de Deus. Nessa mesma linha, vale a pena recordar que a dobradiça da Ave Maria é, como nos disse são João Paulo II, a palavra Jesus, bem colocada entre a primeira e a segunda parte da Ave Maria. Ademais, meditando, durante todo o Rosário, os mistérios da vida de Jesus, esta oração é profundamente cristológica. Assim, por e com Maria, no Rosário, vamos a Jesus, que nos leva ao Pai, iluminados pelo Espírito Santo.
Não é, pois, de se admirar que os Papas tenham escrito tanto sobre o Rosário, como, por exemplo, a carta apostólica de João Paulo II, Rosarium Viginis Mariae, de 16 de outubro de 2002; a exortação apostólica Marialis Cultura, de Paulo VI, de 2 de fevereiro de 1974; a encíclica de Paulo VI Christi Matri, de 15 de setembro de 1966; a encíclica de João XIII, Grata Recordatio, de 26 de setembro de 1959; a encíclica de Pio XII, Ingruentium Malorum, de 15 de se setembro de 1951; entre outras.