‘Peça-me o que quiseres’, disse o Senhor a Salomão

“O que você pediria a Deus se Ele lhe aparecesse em sonho e dissesse: ‘Peça-me o que quiseres e dar-te-ei?!’. Quem sabe se nesse tempo de pandemia, em meio a tantas necessidades – muitas delas imediatas –, a súplica apresentada não fosse de caráter meramente solidário, reivindicando que a Covid-19 fosse embora para sempre, pondo fim ao sofrimento de tanta gente pelo mundo afora!”

Essas ponderações, com pergunta, exclamação e sugestão de súplica a Deus foram apresentadas pelo pastor Társis Wallace, da Igreja Batista Betel, no bairro Jaraguá, em Maceió, em um dos recentes sermões que fez dentro do tema da igreja para este ano – Coração, santuário de Deus! Em cada prédica que faz, o pastor mostra o significado da palavra coração na vida física e espiritual das pessoas.

“O Velho e o Novo Testamento projetam o coração não apenas como o órgão que bombeia o sangue para termos vida, mas, também, como a sede da natureza mais íntima do nosso ser. Se nesse órgão tão vital você acolhe e abriga aquilo que é bom, então os resultados serão bons. Mas, se você abriga o que não é bom, os resultados também não serão bons”, considerou o pastor.

O alvo da meditação era o rei Salomão, herdeiro do trono de Davi – o homem que a Bíblia apresenta como sendo ‘Segundo o coração de Deus’. Salomão amava o Senhor, o que demonstrava andando de acordo com os decretos do seu pai, Davi. E logo foi aos altos de Gibeom, onde ficava o principal lugar sagrado (em Israel não havia templo) e ofereceu naquele altar mil holocaustos.

RETIDÃO DE CORAÇÃO

A meditação do pastor Társis seguiu dizendo que, à noite, Deus apareceu a Salomão, em sonho, e mandou que ele pedisse o que quisesse. O rei agradeceu por ser o herdeiro de seu pai – “seu servo Davi, porque ele lhe foi fiel, em justiça e em retidão de coração perante a Sua face” – e pediu um coração compreensivo para julgar o seu povo, sabendo discernir entre o bem, como o mal.

“Essas palavras agradaram a Deus, que lhe deu um coração sábio e inteligente como ninguém, antes ou depois dele. Deu-lhe também muita riqueza e fama”, prosseguiu o pastor de Betel.

Logo depois desses acontecimentos, a sabedoria de Salomão foi provada ao julgar duas mulheres que brigavam pelo mesmo filho dizendo cada uma ser mãe do garoto. Salomão mandou que partisse o menino ao meio e desse uma banda a cada uma. A verdadeira mãe pediu que o garoto ficasse com a outra, pois preferia ele com vida. Nisto, Salomão a reconheceu como sendo a mãe e devolveu-lhe o filho. Essa história tão especial encontra-se no capítulo 3 de I Reis.