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Nº 5885
Coluna Religião Padre José Aloísio é reitor do Santuário Arquidiocesano da Virgem dos Pobres e pároco da Paróquia São Lucas

Quaresma: oração, jejum e penitência até a Páscoa

Solenidade cristã começou na Quarta-feira de Cinzas e tem um tempo de 40 dias para se chegar dignamente à celebração do Tríduo Pascal

Por Da Redação/Com Pascom Arquidiocesana | Edição do dia 05/03/2022 - Matéria atualizada em 05/03/2022 às 04h00

Dentre todas as solenidades cristãs, o primeiro lugar é ocupado pelo mistério pascal, porque todos devem se preparar para vivê-lo convenientemente. Por isso, foi instituída a Quaresma, um tempo de 40 dias para se chegar dignamente à celebração do Tríduo Pascal.

A Quaresma, como prática obrigatória, foi instituída no século IV, mas, desde sempre, os cristãos se preparavam para a Páscoa com oração intensa, jejum e penitência. O número de 40 dias tem um significado simbólico-bíblico: Quarenta são os dias do dilúvio, da permanência de Moisés no Monte Sinai, das tentações de Jesus. Guiados por esse tempo e pelas práticas estes 40 dias foram inspirados numa grande catequese que a Igreja primitiva realizava.

Na Quarta-feira de Cinzas a Igreja deu início ao tempo quaresmal, este ano, iniciado no dia 2 de março e seguindo até a Semana Santa. A Quaresma ainda é, sobretudo, tempo de escuta da Palavra de Deus, de uma Catequese mais profunda que recorda aos cristãos os grandes temas batismais em preparação para a Páscoa.

O padre José Aloísio, reitor do Santuário Arquidiocesano da Virgem dos Pobres e pároco da Paróquia São Lucas, em Maceió, falou sobre o Tempo Quaresmal e suas práticas.

“A Quaresma, antes do século IV não durava 40 dias, como vivemos hoje, mas sim alguns dias. Depois apareceu o número 40 recordando as tentações que sofreu Jesus no deserto, um número rico de simbolismo na Bíblia. A Quarta-feira de Cinzas surgiu dando início ao tempo quaresmal”, disse.

E prosseguiu: “O cristão vive, durante o tempo, um período mais intenso de conversão através da oração e das práticas próprias para este tempo. A penitência, fazendo renúncias e abstinências de alimentos ou atividades cotidianos que geram satisfação pessoal; o jejum e a abstinência de carne na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão, podendo fazer nesses dias durante a Quaresma também; e a oração, além da oração pessoal, a comunitária, com a Via Sacra, Coroa das 7 dores de Nossa Senhora e tantos Ofícios (Ofício das Trevas, da Agonia, das Almas) que a Igreja orienta para este tempo”.

Padre José Aloísio informou, ainda, que no Santuário Arquidiocesano da Virgem dos Pobres a Via Sacra será, às 16h e recordou que os cuidados neste tempo de pandemia devem ser mantidos. “Todos somos convidados a fazer um caminho quaresmal de conversão e não devemos esquecer dos pobres e dos mais necessitados da Palavra e do Pão. Na Quarta-feira de Cinzas, deste ano, a Igreja foi convocada pelo Papa Francisco a um dia de jejum e oração pela paz nos países em conflito, em especial na Ucrânia”.

E finalizou recordando o pedido do Papa Francisco, na Audiência Gera: “Jesus nos ensinou que à insistência diabólica, à diabólica insensatez da violência se responde com as armas de Deus: com a oração e o jejum. Um dia de jejum pela paz. Encorajo, de modo especial os crentes a se dedicarem intensamente à oração e ao jejum neste dia. Que a Rainha da Paz preserve o mundo da loucura da guerra”.

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