Provérbios, o livro da Bíblia que contém sábias palavras atribuídas a Salomão, filho de Davi, rei de Israel, é um manual de ensino que ajuda a dar prudência aos inexperientes e conhecimento e bom senso aos jovens. Deus é apresentado no livro como a chave de tudo, pois É a fonte de toda sabedoria e entendimento.

“Este livro, que faz parte do que chamamos ‘literatura sapiencial’ de Israel, foi o mais decisivo na minha juventude. Fui atraído por ele quando, em um domingo à noite, lá pelos idos de 1966, assisti a uma palestra na União de Treinamento da Mocidade da Igreja Batista do Farol”, conta o pastor Társis Wallace Lemos.

O que ficou gravado na mente do pastor na leitura de Provérbios, desde sua mocidade, foi a leitura do capítulo 4, verso 18, que diz: ‘Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. O caminho dos ímpios é como a escuridão’.

“Ouvimos estas palavras do palestrante, um baiano que não conhecíamos, diretor do time de futebol do Galícia, que havia vindo jogar com o CSA. Ele era Batista e foi levado por outro baiano recém-chegado a Maceió, Zimaldo Melo, para nos falar naquela noite”, disse Társis Lemos, pastor da Igreja Batista Betel há 19 anos, no bairro Jaraguá.

FILOSOFIA DE VIDA

Numa época em que não se falava sobre os desafios do mundo secular sobre a juventude, pastor Társis afirma ter escolhido o livro de Provérbios para estruturar sua filosofia de vida. “E devo muitíssimo a ele”, ponderou.

Nas sociedades mais primitivas, segundo o pastor, eram comuns os textos de sabedoria produzidos por homens experientes, vistos como patrimônios culturais e éticos. “Israel teve também os seus, que nos deixaram legados para além da sabedoria humana, como os autores de Salmos, de Jó, Provérbios, Eclesiastes, Cantares de Salomão, etc.”.

CONHECIMENTO DEUS

Em qualquer época, como por exemplo na sociedade líquida de hoje, o pastor de Betel diz que Provérbios é um texto-chave sólido para o jovem abrir a porta do conhecimento de Deus – “a fim de superar as provocações de uma história que o marginaliza em sua cultura dos ‘fragmentos antropocenos’. Este livro junta o que a cultura relativista fragmenta”, concluiu Társis Lemos.