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Nº 5822
Coluna Religião

SANTA MARIA GORETTI

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Por Mons. Pedro Teixeira Cavalcante /Teólogo | Edição do dia 16/07/2022 - Matéria atualizada em 16/07/2022 às 04h00

Na década de 1950, o nome e a vida de santa Maria Goretti foram um verdadeiro furacão na Igreja católica. O Papa Pio XII canonizou a santinha em 1950 e o filme “Céu sobre o Pântano” contribuiu enormemente para a difusão da sua devoção. Muitas foram as meninas batizadas com o nome de Maria Goretti. Mas, como naquele tempo, hoje a mensagem da Santa é sempre atual e importante.

Santa Maria Goretti nasceu em 1890, em Corinaldo, no norte da Itália. Ela foi a primeira de sete filhos de Luiz e Assunta. Vivendo numa família pobre, Maria Goretti, desde cedo, teve de se encarregar dos cuidados de seus irmãos, enquanto seus pais trabalhavam para sustentar a família. Sabendo que no sul da Itália havia mais possibilidade para o trabalho rural, a família se transferiu para Le Ferrieri, perto da cidade de Netuno. Aí, conseguiu uma moradia em uma casa grande, cujo térreo era reservado para os animais e o 1° andar era dividido para a família da Santa e outra família.

Nossa Santa era uma menina de dez anos, mas muito responsável. Logo após a morte de seu pai, assumiu as responsabilidades da casa e dos irmãos, enquanto sua mãe passou a trabalhar no campo. Rezava nas horas propícias e, aos domingos, ia até Netuno, fazer as compras e vender seus pombinhos. Aproveitava sua ida à cidade para participar da santa Missa e ir ao cemitério para rezar no túmulo de seu pai.

A menina Goretti foi crescendo e sua beleza física e espiritual atraiu a atenção do jovem Alexandre Serenelli, que morava na outra parte da casa. Esse jovem de maus costumes e sem formação religiosa tentou algumas vezes a adolescente, que sempre reagiu.

Certo dia, porém, quando todos saíram para o campo, a Santa, pressentindo o perigo, foi costurar na varanda da escada exterior, onde podia ser vista e ouvida. Alexandre, aproveitou a ocasião e foi tentar a adolescente que reagiu. Furioso, ele pegou um ferro pontiagudo e desferiu 14 golpes na Santa, que dizia a todo o tempo: não faça isto, porque é pecado! Desmaiada na poça de sangue, foi deixada pelo jovem, que a julgou morta.

Voltando aos sentidos, ela começou a pedir socorro, gritando pela mãe. Alexandre, ouvindo os gritos, voltou e desferiu outros 14 golpes. A Santa desmaiou de novo e Alexandre foi para seu quarto. Encontrada pelos moradores, ela foi levada para o hospital de Netuno.

Lá, teve tempo de se confessar, receber a fita de filha de Maria e perdoar seu assassino, fazendo votos de vê-lo no céu ao seu lado. Ela morreu aos 6 de julho de 1902.

Santa Maria Goretti é um exemplo edificante para a juventude moderna, tão cercada de tentações e perigos contra a moralidade e a fé.

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