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segunda-feira, 28/04/2025 | Ano | Nº 5954
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Artigo

---- MARIA E MAOMÉ ---- .

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Há muitos anos eu visitei a casinha de Nossa Senhora na Turquia. Ela fica pertinho da cidade Éfeso. Um fato me chamou a atenção. Havia muitos peregrinos que rezavam devotamente na casa de Nossa Senhora. Eu tinha impressão de que estava em Fátima ou Lourdes. Perguntei, então, à guia, que era muçulmana, se todo aquele povo era cristão. E ela me respondeu que não, eram, sim, muçulmanos. Fiquei admirado e interroguei de novo à guia sobre o porquê daquela multidão, já que os muçulmanos não aceitam Jesus como Deus. Ela, também admirada, me disse: Mas Jesus foi um grande profeta e a mãe de um grande profeta merece todo nosso reconhecimento e nossa admiração e respeito! Aqui, é a casa da mãe Maria! Fiquei ainda mais admirado e simplesmente disse: Ah, sim!

Maomé, o fundador do islamismo, teve conhecimento da Bíblia, tanto do Antigo como do Novo Testamento. Por outro lado, os árabes, como o era Maomé, são descendentes de Abraão por meio de seu filho Ismael. Não é de admirar, pois, que ele soubesse da vinda de Jesus e conhecesse seus ensinamentos. Ademais, é bom lembrar que Maomé no livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão, dedica a Sura (capítulo) 19, dos versos 16 a 34, a Maria Santíssima. É bom lembrar também que Maomé era sobrinho de um bispo nestoriano, chamado Waraga B. Nawfal e que teve um tutor monge de nome Ab-Byhira. Também lembramos que, na época de Maomé, os cristãos bizantinos veneravam com muita piedade a Virgem Maria. Ao viajar, ele viu muitas imagens e mosaicos com a representação da Virgem Maria. Não podemos esquecer que, na própria Caaba, que é o santuário principal dos muçulmanos em Meca, existe uma imagem colorida de Maria com o menino Jesus.

Segundo Maomé, Jesus e Maria nasceram sem nenhuma mancha de pecado e tiveram suas vidas isentas de qualquer pecado. Partindo desse privilégio, Maria santíssima, segundo interpretação de um estudioso renomado do Alcorão, recebeu de Deus muitas outras prerrogativas, como a purificação de todas as máculas comuns às mulheres, como a menstruação; purificou-a outrossim da falta de fé; teve uma obediência firme e foi livre de defeitos próprios do caráter humano. No Alcorão ainda há relatos biográficos de Maria que, às vezes, são verdadeiros e às vezes são lendários.

Nada mais natural e consequente, diante do exposto, que os muçulmanos venerem Maria com muito respeito e piedade e, portanto, a minha admiração em Éfeso foi simplesmente incompreensível para a guia muçulmana.

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