Artigo
... DIVINO ESPÍRITO SANTO ...
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Nosso Deus é uno e trino, ao mesmo tempo. É uno na essência divina e é trino nas três Pessoas divinas. Esta doutrina é difícil de ser compreendida, mas não é difícil de ser entendida. Tudo porque, como diz são João, Deus é amor.
O amor exige pessoa e, no mínimo duas pessoas, aquela que ama, a amante, e aquela que é amada, a amada. Mas, podem existir duas pessoas que vivem juntas, sem que haja a amante e a amada. São vidas paralelas. Para que haja amor, é necessário que exista outro elemento, que é o próprio amor. No caso de Deus, existe o eterno Amante, que é o Pai e que gerou, desde toda a eternidade, o Filho, que é o eterno Amado e, para que Deus seja amor, é preciso que exista o terceiro elemento que, no caso de Deus, é o próprio Amor eterno, que liga o eterno Amante ao eterno Amado. E esse Amor, em Deus, é a terceira Pessoa divina, o Divino Espírito Santo, que é Deus igual ao Pai e igual ao Filho. Portanto, Deus é uno na essência por ser Deus eterno e infinito e, por ser Amor, é trino, ou seja é em três Pessoas distintas, mas cada uma é Deus na essência divina, amando-se eternamente. Essa é a vida interna de Deus, que chamamos de Pericorese divina.
Esse Espírito Santo, por ser o Amor eterno, explodiu ad extra na Trindade e essa primeira explosão foi a criação. Por causa do pecado, a Trindade, pelo Espírito Santo, que é o eterno Amor, explodiu uma segunda vez, de uma maneira mais admirável pela redenção, que é a perfeita manifestação do amor misericordioso de Deus.
Sendo uno, tudo que Deus faz é obra das três Pessoas, porém, nós atribuímos a cada Pessoa uma ação especial. Assim, dizemos que o Pai é o Criador, embora a criação seja obra das três Pessoas; dizemos que o Filho é o Redentor e que o Espírito é o Santificador.
Como santificador, tudo que recebemos do Pai e do Filho vem pelo Espírito Santo. Desse modo é Ele que nos torna Filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristo, membros da Igreja, herdeiros do céu e tudo pelo sacramento do batismo, quando recebemos o espírito divino.
A Igreja fala de sete dons do Espírito Santo, mas como tudo é graça e toda graça nos é dada pelo Espírito Santo, como lemos em São Paulo (1Co 12,3-13). São Paulo ainda, na Carta aos Gálatas, no capítulo quinto, enumera doze frutos do Espírito Santo naqueles que o têm.
De tudo isso se conclui que o cristão, assim como com o Pai e o Filho, tem de viver em profunda e contínua união com o Espírito Santo, terceira Pessoa da Trindade.